Ibititá – Tudo começou quando o Nelson Simões Filho, coordenador do cerimonial do governador, chegou à residência do prefeito, ás 12h40 e comunicou a Dr. Chiquinho as pessoas que iriam usar da palavra, não sabendo da rivalidade entre ambos o fazendo cumprir a regra estabelecida pelo governador Wagner falou ao prefeito que o deputado Ângelo Coronel estava na programação para falar. “Aqui não. Aqui ele não fala”, respondeu o prefeito com um tom de voz que expressava indignação.
Nelsinho, como é conhecido Nelson Simões, continuou a argumentar que o deputado fazia parte da base e o grupo que ele representa no município também apóia o governo, e prosseguiu com os argumentos, chegando a afirmar que o deputado ia falar, pois em todo lugar era assim.
“Aqui não. Aqui é diferente”. Aqui ele não fala, pois meu problema com ele é pessoal. “Ele ofendeu a minha esposa e família para mim é tudo, portanto aqui ele não fala”, repetiu Chiquinho. Ao CN ele revelou que preferia não subir ao palanque, já de humor totalmente modificado em referência a instantes antes da informação de Nelsinho.
No impasse, todos foram para o estádio receber o governador Wagner e quando o helicóptero surgiu, lá estava o deputado Ângelo Coronel na comitiva. “Não adianta, aqui ele não fala”, repetiu Chiquinho, desta vez para um repórter do CN.
Avisado da situação, Coronel não acompanhou a comitiva na cidade e só apareceu no palanque quando o ato tinha começado e ficou pouco tempo. “O governador pediu para eu não falar”, disse o parlamentar ao CN.
No inicio do ato, quando o locutor anunciou o primeiro orador, dizendo que ia usar da palavra um deputado, Chiquinho saiu do lugar onde estava e foi para perto da pessoa que estava com o microfone. “Se fosse anunciado ele (Ângelo Coronel) eu ia tomar o microfone, pois aqui no palanque que estou ele não fala”, falou o prefeito e desta vez na presença do governador Jaques Wagner. Conclusão: Coronel não falou e preferiu deixar o palanque.
Situação política do grupo liderado por Chiquinho- “Aqui tem voto e é prestigiado quem traz obras para Ibititá”, disse o prefeito. Segundo ele, para deputado federal, será apoiado por pessoas do seu grupo, Ruy Costa (PT), Jonival Lucas (PTB), ACM Neto (DEM), Edson Pimenta (PCdoB), João Carlos Bacelar (PR), João Almeida (PSDB) e Felix Mendonça (PDT). “Para deputado estadual, nós apoiamos o nome que Emério Resedá indicar e neste caso, será Tom Araújo”, afirmou.
Chiquinho disse também que irá votar com Wagner, para governador, José Serra, para presidente e José Ronaldo e Lídice da Mata para senadores. “Aqui em Ibititá agente não tem este negócio de partido não. A gente tem o município e sua gente, como principal motivo de estarmos na política. Queremos e será bem vindo, que ajudar Ibititá, como faz ao longo de todos os mandatos, o deputado Emério Resedá”, declarou.
Durante seu pronunciamento na quinta-feira (20), o prefeito disse ao governador Wagner que estava satisfeito em pertencer ao Democrata, inclusive ACM Neto será votado no município, pois tem colaborado com sua gestão. “Sou DEM como muito orgulho”, repetiu.
A vice-prefeita Maria Girlaine Gomes dos Santos (PSC) partido ligado a Geddel acompanha o prefeito em todas as suas posições, porém com referência aos candidatos, só divergem na candidatura a presidente, pois apóia Dilma Rousseff (PT).
Em Barra do Mendes prefeito não sobe ao palanque – Tudo tem a primeira vez. Esse ditado popular tronou-se realidade na manhã de quinta-feira em Barra do Mendes, quando o governador Wagner esteve na cidade para assinar a ordem de serviço da recuperação dos 18 km da BA 148, até Ibipeba.
O prefeito Manoel Gabriel dos Santos (PMDB) foi ao estádio receber o governador e disse que não iria ao palanque. Wagner tentou convencer, mas sem êxito, teve que ir caminhando até a praça da matriz, onde estava armado o palanque. O prefeito, do estádio voltou para casa.
Comentários de populares durante o evento denunciavam que os funcionários públicos municipais foram proibidos de irem ao ato e os carros prestadores de serviços a prefeitura não puderam ser fretados para transportar o povo da zona rural para participar do evento, sob ameaça de cortar os contratos.
Manoel Gabriel venceu as eleições com 54,80% dos votos para o PT, que teve como candidato Edimário Barbosa de Novaes, que 3.796 obteve votos.