O primeiro encontro em um ato público depois da eleição de 2010, entre o deputado eleito Wellington Passos de Araújo (DEM), “Tom” e o vereador Edevaldo Santiago, (PP) “Dé”, quando na véspera da eleição, depois de silenciar e deixar um clima de expectativa se iria ou não apoiar o então candidato a deputado, aconteceu na inauguração da sede da Câmara de Vereadores, no dia 30 de dezembro.
No ato, o vereador Danilo Ramos (PT), foi o primeiro a discursar e em seu pronunciamento enalteceu as ações políticas do primo e presidente da casa e destacou a expressiva votação, ou seja, 329 votos que o deputado estadual Zé Neto (PT) obteve nas urnas da região do Distrito de Aroeira, resultado do apoio recebido a menos de 24h e contou com a companhia de seu tio, o vice-prefeito Deraldo Ramos (PP). “Não houve qualquer aliança de caráter excluso, conforme surgiram comentários”, garantiu Danilo.
Ao CN, o vereador Danilo Ramos disse que o compromisso firmado e ele é testemunha, foi de ajudar a região de Aroeira. Questionado sobre os meios que levou a tratar desta aliança com seu primo e com o tio, uma vez que sempre foram de grupos opostos, ele respondeu que ficou sabendo que eles não votariam em Tom para deputado, pois estavam insatisfeitos e decidiu tratar do assunto, resultando no fechamento. “O que falei sobre o vereador Edvaldo Santiago na sessão, foi que disse em 2008 quando da passagem da carreata do PT pela Aroeira. Fui coerente com muitos discursos de quinta-feira (30) e o período da campanha”, afirmou.
Sem detalhar sobre o que realmente foi acertado com os “Ramos” de Aroeira, o vereador Danilo disse apenas que o compromisso era de trabalhar pela comunidade e não retirar os votos de Urbano de Carvalho (PT), que também pleiteava uma vaga na Assembléia. “Nossa disputa era para retirar os votos de Tom”, concluiu Danilo.
Wellington Passos de Araújo (DEM), “Tom”, ex-prefeito e deputado eleito, durante toda sessão ficou sentado ao lado do vereador Danilo Ramos e ouviu atentamente seu pronunciamento. No momento da sua fala, Tom, disse que política é uma coisa interessante, pois quem antes falava mal, hoje fala bem (referindo-se a Danilo em relação a Edevaldo). “O certo é que tenho percorrido o município e percebido que o povo esta feliz com a nossa vitória e faremos de tudo para honrar os votos que recebemos e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, garantiu.
Ao terminar a sessão, Tom falou ao CN que viu com naturalidade, do ponto de vista da democracia, a decisão de Dé e Deraldo não lhe apoiar e a vitória dá resposta a qualquer coisa. “Esperamos 10 mil votos em Coité e tivemos mais de 12 mil. Vamos trabalhar por todos. Contamos com a parceria do prefeito Renato Souza. Tivemos o apoio da maioria dos vereadores e temos um lado na política e saberemos atuar neste lado”, afirmou. Ele também afirmou que foi uma campanha muito difícil por causa das adversidades, “mais vencemos e vamos respeitar cada voto recebido”, concluiu.
Por: Valdemí de Assis / foto: Raimundo Mascarenhas