Na ultima quinta-feira (03) no auditório da APAEB na cidade de Valente – BA, representantes de organizações da sociedade civil, poder publico do Território do Sisal, se reuniram para traçar planejamento das ações prioritárias para o arranjo produtivo do sisal.
A pauta do planejamento foi dividida em seis eixos. Sendo: a) inovações tecnológicas: com propostas de implantação de fábrica ração utilizando o farelo do resíduo do sisal, fábrica de briquetes, fábrica de compósitos, certificação de ISO 9001 para batedeiras e indústrias do arranjo, além da certificação de identificação geográfica da fibra do sisal; b) Pesquisa & desenvolvimento: referentes à podridão vermelha, plantio adensado, utilização da fibra na construção civil, aproveitamento do suco do sisal, utilização da fibra na fabricação de componentes plásticos, produção de mudas, manejo agroecológico da cultura e solos; c) Organização produtiva: assistência técnica rural, dia – de – campo sobre a cultura, unidades demonstrativas, implantação de campo experimental da cultura, implantação de viveiros de mudas, aquisição de gaiolas giratórias, dornas e construção de terreiros para secagem do resíduo do sisal; Crédito Rural: Necessidade de linha de credito especifica para cultura; Gestão, empreendedorismos e comercialização: Consultoria em gestão, ações de marketing para utilização do sisal, missão internacional ao kênia e Tanzânia; e Mão – de – obra na cultura do sisal: treinamento em segurança do trabalho e distribuição de EPIs.
O evento contou com a participação de aproximadamente 50 participantes com representações de todos os municípios do Território do sisal, além da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, da Universidade Estadual de Feira de Santana, Embrapa semiárido, SEBRAE regional Feira de Santana e Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado.
Para Robson Andrade – APL sisal SECTI, todas as ações são de fundamental importância, porém as ações de inovação tecnológica permitirão o maior aproveitamento da planta e consequentemente o aumento da renda familiar rural, já as ações de certificações proporcionará maior competitividade de nossa fibra no mercado internacional e assegurará a produção realizada com qualidade e segurança tanto no campo quando nas unidades de beneficiamento e indústrias.
Dificuldades de gestão e empreendedorismos nos empreendimentos é uma realidade no arranjo produtivo do sisal, nesse sentido priorizarmos isso no planejamento e na execução é uma forma de minimizarmos as chances de insucesso desses empreendimentos, relata José Raimundo – Analista do SEBRAE e gestor do projeto Território de Cidadania.
Outra ação importante, segundo Gilson Santiago, representante do assentamento Rural de Lagoa dos Bois, localizado no município de Santaluz, são as missões técnicas, principalmente as internacionais, pois permitirá compararmos nosso sistema de produção com o de outros países da África do Sul.
Segundo o diretor executivo do CODES sisal e organizador do evento, José Silva, o próximo passo será a elaboração dos projetos pela comissão da câmara temática do sisal (APL sisal/SECTI, Fundação APAEB, EBDA, APAEB, FATRES, SEBRAE, CODES sisal e Consorcio Público) e em seguida buscarmos os recursos nas secretarias competentes do Estado e governo Federal.