Sempre que é construido quebra-molas ou redutor de velocidade como também é conhecido, em ruas, rodovias e avenidas nunca é visto com bons olhos pelos motoristas. A mais recente construção foi no povoado de Lagoa do Canto, uma pequena comunidade rural de aproximadamente 150 famílias, pertencente ao município de Retirolândia, situada as margens da BA 120, há duzentos metros da divisa territorial com o município de Valente. Antes um povoado pacato e sem investimento dos moradores.
Hoje, a coisa está diferente, depois da implantação de dois redutores de velocidade, é nítido o avanço da comunidade nos últmos cinco meses. Segundo a comerciante Ozenilda Nunes Oliveira, 44 anos, conhecida por Rose, tem melhorado significativamente, “Nós avançamos em 90 dias, mais que todo tempo de existência da comunidade, que existe ha mais de quatro décadas”, afirmou.
Para ela, a explicação é lógica: mesmo localizada as margens da principal rodovia que corta o território do sisal, a BA 120, ninguém parava e “o dinheiro ia e vinha, passava direto e não parava aqui”, brincou Rose. “Agora são obrigados a reduzirem a velocidade e observam que aqui existe uma comunidade e tem um povo que trabalha e tem alguma coisa para oferecer.
“Depois dos quebra-molas, aumentou o número de comércios de bebidas e comidas. Aqui tem movimento o dia todo e até sendo construída mais uma Igreja, agora são duas, um da Assembléia de Deus e outra Cristã do Brasil”, contou.
A dona de casa Maria Rita de Araújo mora na cidade de Retirolândia, mas seus pais residem na comunidade e disse ao CN que antes dos quebra-molas, nem os “carros de praças”, aqueles que fazem o transporte alternativo, não paravam no ponto. “Hoje, tudo é diferente. De longe eles já vãodando sinal de luz para chamar atenção das pessoas que estão no ponto” relatou.
A comunidade recebeu calçamento no segundo governo de Adevaldo Martins, no inicio da década de 2000. “Ele fez o calçamento e uns canteiros. Agora Bequinho (atual prefeito), colocou cinco braços de luz, deste bem moderno, o que deixou a comunidade mais bonita e iluminada e as noites também recebemos mais visitantes”, disse Alexandra Andrade Barbosa, 30 anos, casada, mãe de uma filha de três anos e residente na comunidade desde que nasceu.
Ao passar na comunidade as pessoas podem observar que várias construções acontecem de forma simultânea.
Por: Valdemí de Assis / foto: Raimundo Mascarenhas