A polícia prendeu na manhã desta quinta-feira (07), os vereadores Ronaldo Alves de Oliveira (PTB), Jonas pereira de Souza (PRP) e Lourivaldo Anjos dos Santos (PMDB). Eles são suspeitos de envolvimento no assassinato de vereador João de Souza dos Reis (PTB), 45 anos, conhecido por João de Quinho, fato ocorrido no dia 1º de dezembro de 2010. Além dos vereadores, foram presos Alexandre da Silva, conhecido por Dandy, José da Silva, “Zé Ito” e Florisvaldo Pereira da Silva, “Liu”, acusados de serem os executores do crime.Os seis foram presos na operação comandada pela 16ª Coordenadoria de Polícia do Interior em Jacobina e pela 24ª Companhia da Polícia Militar.
“João de Quinho”,foi morto a tiros na Fazenda Várzea Cumprida, localizada entre os municípios de Quixabeira e Capim Grosso e o crime,segundo informações da polícia, foi motivado por uma disputa de terra entre as famílias de “João de Quinho” e de um fazendeiro conhecido por “Antonio Candeeiro”, pai de Dandy e Zé Ito, acusados terem participado diretamente da execução do crime,que contou ainda com a participação de Liu.
No dia do crime, João de Quinho havia se deslocado para a Fazenda Várzea Comprida para se encontrar com o suposto comerciante de gado, quando foi surpreendido por dois homens que em uma moto efetuaram os disparos e fugiram. Ele foi socorrido para um Hospital de Capim Grosso, aonde chegou sem vida.
Sobre a questão política, segundo o delegado Élvio Brandão, “João de Quinho” era concorrente político direto do vereador Lourivaldo Anjos dos Santos, o “Louro de Mô”, pois os dois tinham o Povoado de Piabas como suas bases políticas e o problema teria acirrado na eleição da presidência da Câmara de Vereadores, onde ambos se candidataram para a presidência da casa.
O esquema montado pra matar o vereador João de Souza dos Reis, de acordo com a polícia, teria envolvido os vereadores Ronaldo Alves de Oliveira e Jonas Pereira de Souza, que seriam beneficiados politicamente com a morte do colega. O inquérito que apura este crime é presidido pelo Delegado Titular de Jacobina, Henrique Moraes e as investigações duraram quatro meses até o desfecho final e a prisão de uma quarta pessoa, cuja identidade não foi revelada, segundo o delegado, fundamental na elucidação do crime.
A polícia agiu rápido, pois a pessoa, que após ser ouvida, desencadeou nestas prisões, se preparava para fugir e tudo indica que iria para São Paulo. “Essa pessoa contou detalhes de como o crime foi tramado, apontando os envolvidos, informando local, dia e hora onde aconteceram as negociações, que resultaram na morte do vereador”, afirma o delegado.
As prisões dos três vereadores e dos demais acusados aconteceram simultaneamente. A operação contou com a participação de quatro delegados, 12 agentes da Polícia Civil e mais de uma dezena de policiais militares, sob o comando do Major Sérgio Moisés, 24ª CIPM de Jacobina, que participou pessoalmente das buscas aos acusados.
Da redação CN * fotos: Noticia Livre
01-12-10-Presidente de Câmara de Vereadores de Caém é executado