Centenas de estudantes universitários dos Campus XI e XIV da UNEB, UEFS e secundaristas realizaram protestos por volta das 10h30 de quarta-feira na BR 116/Norte perímetro urbano de Serrinha sentido Feira de Santana.
O protesto foi “educado”, pois o material usado para interromper a pista não chegou a ser em grande quantidade, mas a união de todos no meio da pista usando faixas, cartazes e muito barulho foram suficientes para demonstrarem a insatisfação pela falta de valorização a Educação de modo especial no Estado da Bahia.
Leia abaixo a carta de um dos estudantes a respeito da decisão do manifesto.
“O destino de um povo quem deve arquitetar é o próprio povo”!
A muitíssima simples idéia de fazer algum que pudesse parar os principais meios de circulação da cidade, para que as indignações fossem explicitadas, foi aceita e muito bem aceita por grande parte dos estudantes. Portanto nesta quarta dia 13 de Abril de 2011, os estudantes da UNEB Campus XI, juntamente com Estudantes do Campus XIV e outros, decidiram que para um sujeito e/ou um grupo ser reconhecido neste país é necessário intervir sobre as ações de quem realmente manda no território (os exploradores de mão-de-obra e acumuladores de capital), e foi com esse pensamento que identificamos o primeiro espaço de atuação (BR 116), com principal meio de fluidez do capital, para demonstrar a nossa indignação contra o decreto 12.583/11, de 22 de fevereiro de 2011, Governo do Estado da Bahia, que entre outros danos a sociedade, tira o pouco que resta de autonomia da Universidade.
Através de gritos de guerra, cartazes, faixas de protesto, cara pintada, nariz de palhaço, carro de som, alto falante, queima de pneus na BR 116 e outras ações reivindicatórias, os estudantes (UNEB XI, UNEB XVI, UEFS e Secundaristas) deram um exemplo de como se luta não apenas pelos direitos educacionais mais também por direitos básicos e essenciais para a sociedade como um todo.
Após o fechamento da BR 116 por aproximadamente 01 hora e 30 minutos, seguimos em caminhada até os principais órgãos representativos do Governo Estado da Bahia. Passamos também em frente aos Colégios Estaduais e principais ruas de fluxo de comercio de Serrinha, sempre procurando esclarecer a todos quais eram os nossos objetivos. Durante esse evento fomos parabenizados por populares, caminhoneiros e trabalhadores em geral, que a todo tempo nos apoiaram e falavam que “precisamos fazer isso mesmo”.
Aos quinze anos eu já desconfiava da verdade absoluta! – Raul Seixas
Rubinaldo Sena