A polícia militar da 4ª CIA de Conceição do Coité foi chamada na manhã desta quarta-feira (24), para resolver o impasse entre o frentista e um “cliente”, que havia abastecido em um posto e no momento do pagamento disse que não tinha dinheiro e deixaria o celular com garantia. A proposta não foi aceita e ao perceber que a polícia havia sido chamada e uma viatura estava se aproximando, o motorista do Siena p/p NYR 5086, licença de Jacobina saiu em velocidade pelas ruas do Bairro dos Barreiros, seguindo até a Rua Laurindo Cordeiro, onde foi obrigado a parar e continuar a fuga a pé, pois foram acuados numa viela.
Na viatura havia apenas dois policiais, que desceram e continuaram a perseguição também a pé, até que capturou o primeiro suspeito identificado como Elielson Costa da Silva, 31 anos, residente no Bairro das Casas Populares, em Conceição do Coité. Pouco minutos depois foi preso Ivanilton Costa Marques, 20 anos, natural de Ourolândia, morador na cidade de Valente, no Bairro da Liberdade.
Muitas surpresas – A perseguição policial chamou atenção dos moradores do Bairro e das pessoas que estavam na Praça do Centro de Abastecimento, que foram observar o que estava acontecendo e até aquele momento, por volta das 10h, à única coisa que sabiam é que se tratava de um motorista que não havia pagado a conta em um posto de combustível.
Quando os dois homens começaram a correr, foram deixando cair alianças e isto chamou atenção dos curiosos, e muitos, numa demonstração de honestidade, foram entregar aos policiais.
Ao serem interrogados, ainda pelos policiais militares, eles contaram que haviam roubado uma joalheria localizada na Rua Floriano Peixoto e que a proprietária nem sabia que tinha sido roubada. Mais de dez unidades das alianças estavam escondidas dentro do tênis de Elielson, para surpresa da polícia.
Ivanilson, que é primo de Elielson, negou que soubesse da ação criminosa do parente e que havia ficado no carro, que foi estacionado próximo ao semáforo do cruzamento da Rua Floriano Peixoto com a Marechal Deodoro. “Ele havia me dito que ia comprar um brinco para filha e uma aliança. Quando ele voltou eu perguntei se havia comprado e ele confirmou que sim. Contou sorrindo”, falou Ivanilson.
Diante da descoberta, o capitão Joilson Lessa foi até a Joalheria apresentar os dois suspeitos para serem reconhecidos pelos funcionários e, aumentando as surpresas, Elieslon foi reconhecido e esteve por três vezes no balcão da loja olhando alianças para comprar. “A senhora sabia que tinha sido roubada? Aqui estão as alianças, produto do roubo e estes são os suspeitos”, falou o Capital Lessa a proprietária Maria Amélia Ferreira da Silva, conhecida por Melita, que atua no ramo há 45 anos.
Melita agradeceu a Deus pela atuação da polícia e lembrou que já havia sido vítima outras vezes e em uma delas, a mercadoria foi levada para o Rio de Janeiro. Segundo Vitor Ferreira, filho da proprietária da Joalheria, as alianças roubadas estavam avaliadas em R$ 4.500.
Elelson Costa é reincidente. Ele foi preso em Salvador acusado de aplicar um golpe na Loja G Barbosa da Rodoviária e em Conceição do Coité, pela mesma modalidade criminosa.
Com os dois homens, a polícia encontrou cartões de créditos de terceiros e o veículo que eles disseram ter locado em Jacobina.
Mais surpresas – No final da tarde de quarta-feira, com o desenrolar das investigações, vieram mais surpresas e o homem que se apresentou com Elielson Costa da Silva (foto) não era Elielson Costa da Silva e sim Elisvan Costa da Silva, 29 anos, natural de Conceição do Coité, porém reside na Rua Muniz Ferreira, 3ª Travessa, nº 12, Bairro de Águas Claras, Salvador.
Elisvan é irmão de Elielson e tem em comum a ficha policial. Os dois já foram acusados e presos por estelionato e roubo. Elielson foi preso em 27 de agosto de 2010 em Salvador por tentar aplicar um golpe na Loja G. Barbosa da rodoviária de Salvador.
Elisvan, com um currículo bem maior no mundo policial, foi preso em Salvador no dia 27 de abril de 2004, por agressões durante o carnaval. Em 25 de agosto do mesmo ano, foi preso em Pojuca, por tentar vender um celular e depois de receber o dinheiro, não entregou o produto.
Em 2005 foi preso duas vezes em Salvador por crime contra o patrimônio e, de acordo com o historio apresentado pela polícia, foi preso mais de 20 vezes e responde processo em Conceição do Coité, Retirolândia e Camaçari. Na maioria dos casos, por estelionato.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas