A festa considerada uma das melhores do interior da Bahia, mesmo não tendo atraçãode peso este ano, recebeu um grande público durante os três dias de animação. Começou na sexta-feira (13) e encerrou na madrugada desta segunda-feira (16). E foi justamente no domingo e que acabou entrando pela madrugada de hoje que reuniu o maior público e maiores atrações.
A primeira atração foi a Banda Juventude Musical seguida com a cantora Carla Perez e Banda Algodão Doce que entrou na avenida ás 17h e conduziu com muita energia o Bloco Plinn, na oportunidade pais e responsáveis dividiram a alegria com as crianças.
Carla Perez além de cantar, fez brincadeiras e na condição de dançarina, função que a projetou no meio artístico com a Banda É o Tchan, não deixou de mostrar um pouco do seu “requebrado” a cantora esteve acompanhada da filha Camilly Victoria, 9 anos, que inclusive participou do show cantando uma música. A filha de Carla e Xandy da Harmonia do Samba dois dias antes foi ao Rio de Janeiro com a mãe ao show da cantora Milley Cyrus.
No trio elétrico a ex- “Loira do Tchan” cantou músicas do seu repertório e não deixou de fora os embalos da cantora e apresentadora Xuxa, principalmente quando cantou “ilariê”. Como boa ouvinte “tirou de letra” as músicas do Harmonia do Samba cantadas por Xandy e disse que no CoitéFolia ela era quem estava no “comando”.
Quase no encerramento da participação de Perez, subiu ao trio a Banda Leva Nóiz conforme a diretoria do Bloco Plinn havia anunciado, mas foi apenas para dá uma famosa “canja”, pois, mais tarde iria voltar para se apresentar. Para o público presente, não precisava muita coisa, bastou à música “Liga da Justiça” ser tocada para a “turminha” sair satisfeita.
Enquanto o Bloco Plinn deixava a avenida chegava o Bloco da Paz com a Banda Manto Azul da Igreja Católica e com um repertório totalmente voltado para religiosidade. O vocalista André coloca um ritmo em forma de paródia e transforma o que mais a juventude curte no momento, aproveita o mesmo embalo e altera a letra colocando mensagens de paz e esperança.
Este foi o segundo ano que a Banda Manto Azul participou do CoitéFolia e no bloco centenas de pessoas de todas as idades vestindo de branco e azul sentem o prazer de participar da festa.
Na saída do Manto Azul entrou em cena o estreante Bloco Jah eh Certo puxado pela Banda Saiddy Bamba, mesmo sendo o primeiro ano o bloco foi que levou a maior número de pessoas para a avenida, Ramires Mota diretor do bloco afirma ter ficado surpreso com a grande quantidade de participantes. “Este foi o primeiro, gostaria de dizer que pegou, e o Bloco Jah eh Certo chegou pra ficar, pedimos desculpas por algumas falhas e são coisas que iremos corrigir no próximo ano”, garantiu.
Também no domingo aconteceu a participação do Revolution Reggae que inovou, deixou as cores da África e aderiu às cores da bandeira coiteense no seu abadá. No trio Rootsis Nyabindhi comandou a alegria com seu repertório conhecido dos amantes do Reggae. Xandy Revolution um dos organizadores da bloco diz que essa é um momento da periferia mostrar a sua “cara” e que o bloco é completamente democrático sendo o único que não usa cordas, e todas podem brincar a vontade.
A noite de domingo ainda teve Leva Nóiz que “levou o folião pipoca. Ao passar pelos camarotes fez todo mundo dançar com a música Liga da Justiça. Os vocalistas caracterizados por Super Homem e duas “Mulheres Maravilhas” chamaram a atenção dos participantes da festa.
Banda Batukuerê com o vocalista Marquinhos que é filho da terra, com o repertório do verdadeiro axé da Bahia puxou a multidão até o meio da madrugada.
Futebol também foi destaque no domingo da música em Coité
O primeiro a puxar o assunto foi o vocalista do Saiddy Bamba que ao se aproximar do camarote demonstrando ser torcedor fanático do Bahia e fez questão de chegar aos camarotes com o escudo do Vitória no formato digital estampado na parte frontal do trio. O músico “tirou uma lasquinha” do prefeito Renato Souza e pediu desculpas em seguida, ele descobriu que o prefeito é torcedor do Vitória e seu time do coração acabava de perder o título em pleno Barradão para o Bahia de Feira. O Leão precisava de um simples empate para ser penta campeão baiano, abriu o marcador, mas não suportou o grande futebol apresentado pelo Bahia de Feira e acabou deixando virar o jogo.
As cores de super man e mulher maravilha são as mesmas do Bahia, inclusive o próprio super man é o que simboliza a força tricolor e tem como seu mascote. Mas ‘sarro’ para a torcida rubro negra, não por ter perdido o título para o Bahia de Salvador, mas por ter sido pelo Bahia que eles chamaram de genérico.
André do Manto Azul é Vitória e lamentou o ocorrido, Marquinhos do Batukuerê não deixou de tirar um ‘sarro’ dos rubros negros e chamou a atenção quanto à eficácia dos genéricos.
No meio da folia nenhuma camisa do Bahia de Feira, mas centenas do Bahia da capital foram vistas, coisas do futebol!
Por: Raimundo Mascarenhas * texto e fotos