Os partidos de oposição ao prefeito Renato Souza (PP), o PT, PMDB, PSC, PSB e PTN realizaram na noite de sexta-feira (10) um ato público na Praça 08 de Dezembro, na cidade de Conceição do Coité, contra os fatos que consideram falta de respeito e má gestão municipal.
Em cima de um mine-trio, os principais líderes da oposição, Francisco de Assis (PT) e Alex Lopes (PMDB), lembraram os últimos fatos ocorridos no município e que entenderam ser responsabilidade da Prefeitura.
Assis começou falando sobre a responsabilidade de uma nota pública assinada por um por órgão e por partidos, pois tem a responsabilidade de levar a verdade à população. “Responsabilidade deve ser exigida de quem tem a responsabilidade de administrar”, afirmou o líder petista.
Um dos pré-candidatos a prefeito em 2012, Assis leu a nota pública divulgada pela Prefeitura após a manifestação das oposições contra o fechamento do Hospital Almir Passos, através de folhetos e veiculação por meio de carro de som e explicou ponto a ponto, concluindo que em nenhum momento a Prefeitura justificou os motivos do fechamento.
Denunciou a culpa da Prefeitura no desabamento do teto do coreto, no momento em que acontecia um bingo, autorizado pela gestão municipal e o trágico resultado de várias pessoas feridas e uma vítima fatal. “Foi um tragédia anunciada, pois o secretário de infraestrutura disse que sabia que o mesmo estava correndo risco de desabar”, revelou Assis.
Pediu que o governo municipal fosse coerente, pois quando o coreto caiu, não pertencia a Prefeitura e ao renovar, colocou uma placa como sendo obra da Prefeitura. “O gestor público deve ter coerência e responsabilidade”, disse o petista. Ele lembrou também o acidente em Salgadália, quando um jovem morreu eletrocutado quando jogava futebol numa quadra de esporte, do alto índice de violência do Coité Folia, quando um camelô foi assassinado a faca, da exposição de caprino e ovino, também violento, com troca de tiros, do acidente que vitimou um aluno da escola pública, que ao descer do veículo que fazia transporte escolar, foi atropelado por um caminhão que transportava botijão, duas greves dos professores, a seleção coiteense fora do campeonato e por último, “o fechamento do Hospital Almir Passos, que o prefeito quis esconder da população este fato e só na terça-feira, depois que a oposição reagiu, ele soltou a carta pública que não disse nada e até o momento ninguém apareceu com sendo o responsável pela Unidade”, lembrou.
O presidente do partido relatou que o orçamento do município para 2012 era de R$ 66 milhões e 236 mil, sendo R$ 10.874, direcionado para saúde. “Com tanto problemas e o prefeito fica fazendo teatro para assinar ordem de serviço e solta uma nota sem uma única explicação. O povo quer saber e conhecer que é o gestor do Hospital Almir Passos?”, questionou.
Alex Lopes protestou contra o fechamento do hospital e o silêncio sobre o assunto por parte da gestão municipal, que não usou se quer a rádio que pertence ao “grupo dos vermelhos”. “Nossa indignação é por causa da falta de explicação, afinal fechou um hospital e não uma bodega” pontuou.
O pmdesbista aproveitou do ato e denunciou que no Povoado de Santa Rosa, desportistas estão tomando choque no alambrado. “Nós da oposição estamos unidos para denunciar”, concluiu.
O médico Alonso Ferreira, “botou lenha na fogueira” e todos sob tensão ao garantir não tem em Coité um hospital para manter internado um caso de urgência e emergência, a exemplo de acidente grave ou paciente infartado. “Isso é a pura verdade”, declarou. Ao tentar colocar a culpa nos gestões, ele disse que estava naquele palanque para denunciar os desmando com a saúde e ao final, deixou “escapulir” que o problema também era do governo do estado, porém tentou corrigir a tempo, ao perceber que o palanque era de oposição ao prefeito.
Antes do ato em praça, por solicitação dos vereadores da bancado do PT, aconteceu ás 21h no auditório do Centro Cultural Ana Rios e na pauta a situação da saúde em Coité. O diretor do Regional, Enéas Araújo Ramos foi um dos que usou da palavra para externar a situação da entidade.
Quando ao Almir Passos, segundo justificaria escrita numa faixa e fixada em frente ao hospital, a direção da Santa Casa de Misericórdia, entidade que administra o HAP, afirma que o local está passando por reformas para se adequar às normas de saúde. O estabelecimento perdeu o credenciamento do SUS, devido a irregularidades constatadas por uma equipe de fiscalização da SESAB.
Por: Valdemí de Assis / fotos : Raimundo Mascarenhas