Quarenta e oito idosos do grupo de convivência Renascer, mantido pelo Centro Geriátrico Júlia Magalhães, das organizações sociais Irmã Dulce, com idade mínima de 75 anos, visitaram na noite de quarta-feira (22), a cidade de Riachão do Jacuípe, onde apresentaram na Praça Landufo Alves a quadrilha junina, uma das atividades socioculturais e de lazer, eles que realizam como forma de superar preconceitos, combate a depressão e redescobrem o prazer de viver. O grupo reúne 270 idosos, na maioria residente dos bairros localizados na Cidade Baixa, em Salvador e além da participação das quadrilhas juninas, eles trabalham o folclore, musicais, feiras de artesanato, bailes da terceira idade e realizam apresentações em abrigos, creches e orfanatos.
Criada oficialmente há 52 anos, a Obra Social de Irmã Dulce, responsável pelo Hospital Santo Antônio, considerado o maior hospital beneficente do país, conta com 17 núcleos, sendo o Centro Geriátrico Júlia Magalhães, um deles e tem a frente Terezinha Pacheco. Segundo matérias publicas pela imprensa, um dos diferenciais do serviço prestado pelo Centro Geriátrico é o atendimento humanizado. “O carinho com os pacientes faz parte da filosofia de trabalho”.
Segundo Terezinha Pacheco, a terceira idade tem atendimento especial. “Uma unidade muito atuante é a de reabilitação, a gente busca o idoso, que vem até a gente, pelo ambulatório, com uma sequela, e a gente tenta melhorar ou reabilitar totalmente o idoso para que ele possa em casa ter uma vida saudável”, explica a coordenadora do centro geriátrico.
A assistente social do CGJM, Iêda Carvalho (D), natural de Riachão do Jacuípe, destacou a importância deste trabalho de socialização para estimular a memória e desvincular da situação rotineira e, esquecer um pouco os problemas e não ficar só voltados para os problemas da velhice. Ela lembrou que esta foi à terceira visita que o grupo fez ao município e se colocou a disposição para visitar outras comunidades.
“Com este trabalho eles conseguem uma qualidade de vida melhor, com maior autonomia, com saúde, com disposição, com perseverança e saúde e com amor”, fala Iêda Carvalho, assistente social.
Julinda Costa da Silva, 87 anos, residente no Jardim Cruzeiro, Salvador, foi uma das que estava vestida festivamente e esbanjava alegria, mesmo depois de dançar a quadrilha, percorreu toda extensão da Praça que foi recentemente reformada e chegou ao hotel demonstrando muita saúde. O mesmo aconteceu com “Seu Marivaldo Mascarenhas da Silva”, 71 anos, que atuou como noivo e recebeu o apelido de “Bambuzinho”, que “enverga, mais não quebra”.
As despesas da viagem, transporte e hospedagem, foram custeadas pelo grupo, que ao longo do ano realizam bingos e outros movimentos entre eles, para conseguir recursos para estas atividades. A Prefeitura apoiou com o sistema de sonorização e o grupo que tocou para dança da quadrilha, que foi prestigiada por um grande público.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas