Atendendo ao convite do prefeito Joselito Carneiro Araújo Júnior (DEM), o secretário de Ciência Tecnologia e Inovação, Paulo Câmera, esteve reunido no final da manhã de terça-feira (07) com os vereadores da base governista, com secretários da Prefeitura e com o vice-prefeito Zenon Nunes (PR).
A reunião aconteceu no gabinete do prefeito e, segundo Júnior, Santaluz, por ser o maior produtor de sisal dentre os municípios do território, levando em consideração sua área territorial, o secretário veio discutir com os gestores assuntos relacionados à produção do sisal, que vem atravessando crise, principalmente por falta de mão de obra.
Segundo o prefeito, a ideia é desenvolver um pacote tecnológico para ampliar a produção e a produtividade do sisal da Bahia, agregar valor ao produto e garantir segurança e melhores condições de vida para os produtores.
Para Júnior, apesar de ser utilizado na confecção de fios, cordas, tapete, sacos, vassouras, artesanatos, acessórios e como componente automobilístico, grande parte da planta ainda é desperdiçada. “O que se aproveita é apenas 5%, que representa a porção da fibra”.
Paulo Câmara falou que vem se reunindo com técnicos das universidades, do Centro de Inovação e Transferência de Tecnologia (Cintec) e dos setores ligados ao sisal para analisar os equipamentos existentes na Bahia, no Brasil e no mundo e optar pelo tipo de máquina desfibradora, que seja capaz de aproveitar 100% do potencial do sisal. “Falta mão de obra no segmento. Nós precisamos de uma máquina que não mutila e que apresente maior rendimento”, disse Câmara.
Sobre a preocupação do prefeito, o secretário lembrou que existe o estudo através de um projeto visa provar que o líquido extraído do sisal – em torno de 80% da folha – é viável economicamente como inseticida e carrapaticida. “O nosso plano prevê a extração e a avaliação preliminar da atividade inseticida do suco de sisal contra pragas do algodão, soja e o carrapato bovino” explicou. Este projeto que está sendo desenvolvido por duas instituições.
Câmera destacou o trabalho da Embrapa, onde parte do material agora pode ser usado como mucilagem para alimentar o gado, o que aumenta o aproveitamento para em torno de 15%.
Ao saber que a ideia do governo é criar usina de aproveitamento geral do sisal, o prefeito Joselito Júnior, reivindicou que uma fosse implantada em Santaluz e Paulo Câmera sinalizou esta possibilidade.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Assessoria de Comunicação