A polícia militar da 4ª Cia/Conceição do Coité, na noite desta quarta-feira, 10, foi solicitada pelo Hospital Regional para conter os ânimos de um homem que falava alto e promovia baderna naquela unidade. A guarnição se deslocou e ao chegar, tomou conhecimento que a pessoa era uma vítima de acidente de moto e estava acompanhado de um amigo. Os policias ao perceberem que aquele homem, até então sem identificação e muito nervoso já havia sido atendido o conduziu para a delegacia.
Ao chegar à cadeia o delegado Gustavo Ameno Coutinho, de posse dos documentos de identificação fez uma averiguação na Secretaria de Segurança Publica – SSP e constatou que Ademi Costa de Jesus Carneiro, 21 anos, natural de Conceição do Coité, é homicida acusado de matar a facada, o padrasto Luciano de Jesus Silva, no bairro Juazeiro na cidade de Valente, na noite de sexta-feira da paixão de 2009.
O acusado falou na delegacia que na ocasião tirou a vida do se padrasto por não agüentar mais vê-lo agredindo sua mãe e que depois do crime não mais voltou a Valente, a não ser para cumprir 30 dias de prisão, tendo recebido o mandado quando trabalhava em Feira de Santana. Juca como é conhecido, negou que tenha provocado baderna no hospital, disse que se exaltou quando viu seu colega que estava pilotando a moto, passando mal e não viu ninguém se aproximar para atender.
Gustavo Coutinho disse que irá buscar outras informações sobre o acusado nesta quinta-feira, para saber qual a situação atual dele perante a justiça.
Leia a reportagem do CN na ocasião do crime outras duas pessoas perderam a vida, mas nada tinha a ver com a morte de Luciano.
Três homicídios sexta-feira Santa. Os crimes aconteceram no mesmo local, mas não tinham relações entre eles.
Tudo começou com a morte do agricultor Luciano de Jesus Silva, 38 anos, conhecido por Lucinho, residente no bairro de Juazeiro, em Valente, morto com uma facada no peito. O crime foi praticado pelo seu enteado, Ademi Costa de Jesus Carneiro, o Juca, 19 anos.
O fato aconteceu por volta das 22h15, na ponte que liga o centro da cidade ao referido bairro. Segundo informações dos vizinhos, na sexta (10), pela manhã, houve um desentendimento entre Luciano e a mãe de Juca, cuja identidade não foi revelada a policia, à noite, enquanto o padrasto tentava colocar o Chevette p/p HZI – 6982 para pegar “no tombo”, e no interior do veiculo estava uma mulher, cujo nome também não foi anotado, mas as pessoas que ajudavam na missão de fazer o veículo funcionar, disseram ser amante de Lucinho, no exato momento chegou Juca e começaram uma discussão. O jovem de posse de uma faca tipo peixeira acabou desferindo um golpe o matando na hora.
As policias Militar e Civil, foram informadas do homicídio e se deslocaram para o local. Depois de isolar a área, o soldado PM Antonio Nogueira Fonseca, saiu para solicitar reforço, enquanto outros dois policiais, saíram em diligência para tentar capturar o Juca, ficando apenas o carcereiro Jorge Ferreira Silva, 57 anos, tomando conta do corpo e guarnecendo a área do crime até a chegada dos peritos.
No meio a movimentação de pessoas querendo ver o corpo de Lucinho exposto ao chão, próximo ao veiculo de sua propriedade, chegaram os irmãos Daniel, 24 anos, conhecido por Neném, Damião, 26, conhecido por Damico e Celso Santos Oliveira, 18 anos, que queriam a todo custo, ver e tocar no corpo do agricultor e foram impedidos pelo guarda civil Jorge.
Com a reação do agente, os irmãos ficaram exaltados e começaram a insultá-lo com palavrões, Jorge Luiz, que já conhecia os três pelas constantes passagens pela delegacia, por furto, drogas e até tentativa de homicídio, atirou contra Damião Santos, quando o mesmo tentou se aproximar, o tiro não atingiu o rapaz.
Depois do disparo, Jorge, imediatamente comunicou ao colega Judson pelo celular o que tinha ocorrido, enquanto que Celso, demonstrado está com boa fé diante do carcereiro, ficou conversando, até que Daniel fosse por trás e jogasse uma pedra, que acertou o agente e acabou caindo. Daniel tomou a arma de Jorge e fez dois disparos na cabeça que o matou na hora.
Depois do fato, saíram correndo em direção ao campo de futebol, encontrando no caminho os dois policiais civis que estavam em diligência que vinham em uma moto pela estrada.
“Eles corriam e ao mesmo tempo cantavam, comemorando a morte do agente público”, revelou um policial. Foi neste momento que houve um novo confronto entre os irmãos e os policiais civis, quando tombou morto Celso Santos Oliveira, e feriu gravemente Daniel Santos e Damião, este último em menor proporção. Ambos foram socorridos e encaminhados ao Hospital Geral em Salvador.
Depois desses crimes, e, em datas diferentes, todos os irmãos acabram morrendo assassinados