Os corpos dos nove operários mortos na queda de um elevador em Salvador na manhã desta terça-feira (9), ja foram identificados e serão liberados ainda nesta terça-feira,pelo IML (Instituto Médico Legal) Nina Rodrigues. A construtora responsável pela obra contratou os serviços de uma funerária que fará o transporte dos corpos, já que a maior parte das vítimas é do interior da Bahia e estava na capital baiana por causa do trabalho na obra, como é o caso do carpinteiro Antônio Elias da Silva, natural de Conceição do Coité, precisamente da fazenda Umburanas- região do distrito de Juazeirinho.
Os familiares se concentraram na porta do IML durante a tarde e aos poucos fizeram o reconhecimento dos parentes. Os enterros vão acontecer nesta quarta-feira (10), mas os locais ainda não tinham sido definidos pelos familiares até a publicação desta notícia, inclusive o coiteense, que segundo familiares ja residia ha algum tempo na capital, era viúvo e tem sua esposa e um filho sepultado em Salvador.
As outras vítimas foram identificadas como:
Antonio Reis do Carmo – armador
Antonio Luis Alves dos Reis – carpinteiro
Elio Sampaio – pedreiro
José Roque dos Santos – pedreiro
Jairo de Almeira Correia – ajudante prático
Lourival Ferreira – armador
Martinho Fernandes dos Santos – carpineteiro
Manoel Bispo Pereira – ajudante prático
A área em que houve o acidente ficará interditada por tempo indeterminado. Segundo a delegada Jussara Souza, o responsável pela obra deve ser indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), caso seja comprovado que houve negligência na segurança. O resultado da perícia, que deve indicar as causas do acidente, deve sair em 30 dias. Por enquanto, as duas hipóteses levantadas pela investigação apontam para excesso de peso ou rompimento de um dos cabo do elevador por suposta falta de manutenção do aparelho. Após o acidente, porém, funcionários e o presidente do do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e da Madeira do Estado da Bahia, José Ribeiro, negaram que as condições de trabalho na obra sejam precárias.
O superintendente de obras do município disse também que a construção já havia sido vistoriada anteriormente e que não havia apresentado irregularidades. O técnico de segurança da obra não foi encontrado para prestar esclarecimentos.
Em nota, a Construtora Segura, responsável pela obra, disse que “não mediu esforços para adotar todas as providências junto aos demais colaboradores e aos familiares enlutados”. A empresa destacou ainda que “acompanha de perto as investigações levadas a efeito pela perícia técnica, destacando-se, desde já, que o equipamento estava funcionando dentro dos parâmetros de segurança e em perfeito estado de conservação”.
Por: Raimundo Mascarenhas * com informações R7 foto-reprodução do Correio