O sepultamento que estava previsto para acontecer às 15h desta quinta-feira, 11, foi adiado para sexta-feira, 12, no mesmo horário. De acordo com Walter Dias, tio da engenheira ambiental Marleide Junqueira, 38 anos, o motivo do adiamento foi a burocrácia por parte do IML, mas está confirmado para amanhã a liberação e imediatamente sairá com destino a Coité, para realização do velório e sepultamento no cemitério municipal de Conceição do Coité, sua cidade natal onde morou e estudou até os 17 anos.
Os tios de Marleide que residem em Conceição do Coité, Acrísio Dias de Oliveira e José Maciel de Oliveira, decidiram que o caixão vai ficar na residência de Acrísio aonde correr o velório. A residência fica na Travessa Senhora Santana, Bairro Matadouro, vizinho ao CRAS.
O CN falou por telefone com Walter e o mesmo relatou que é grande o sofrimento entre todos os membros da família, para ele, foi praticamente um ano de angustia e embora muitos já tivessem dado como morta, a família mantinha muita esperança de encontrá-la viva. “Mas o destino quis assim, ela foi assassinada de forma brutal e o autor tem que pagar por isso, pois ele matou uma pessoa e destruiu a vida de muitos”.
Walter falou também que todos os membros da família estão sem sintonia da vida desde 21 de agosto do ano passado, ninguém conseguiu mais levar uma vida normal e há cada momento que surgia algo referente a ela, era como se fosse às primeiras horas depois do seu desaparecimento.
A senhora Idália Dias, 86 anos, chora a todo o momento a perda da neta, “a gente não se conforma, se fosse Jesus que tivesse chamado do modo dele, era sofrimento, mas era o chamado dele”, lamentou a aposentada.
Os familiares foram informados do resultado do DNA por volta do meio dia de hoje, 10, e informaram ao CN que publicou de primeira mão, pois só às 15h a Secretaria de Segurança Pública iria reunir a imprensa para divulgar o resultado.
Os restos mortais de Marleide, foram encontrados em um matagal entre Mar Grande e Bom Despacho em frente a uma empresa de ônibus, depois de uma busca em locais de possível desova. Os ossos foram encontrados em três caixas, o que indica que a vítima deve ter sido esquartejada.
Um funcionário do Exército, que admitiu ter participado da ocultação do cadáver, levou os agentes da 11ª Delegacia, em Tancredo Neves, ao local – uma área de Mata Atlântica, onde encontraram a ossada humana.
De acordo com fontes da Secretaria da Segurança Pública, o funcionário do Exército declarou que o ex-namorado da vítima, Antônio Luís Santos, 42 anos, matou Marleide após desferir um soco. Com o impacto, a engenheira caiu e bateu a cabeça, morrendo no apartamento dele no Doron – local preferido do casal para namorar.
Antônio está preso na Unidade Especial Disciplinar (UED) do complexo penitenciário de Mata Escura.
Por: Raimundo Mascarenhas
Ossada encontrada na Ilha de Itaparica é mesmo da engenheira natural de Coité