O projeto altera a Lei Orgânica do município, em seu artigo 22, que delibera sobre o número de vagas no Legislativo municipal. “Aqui estamos vendo o extrato das lideranças e das representatividades políticas, membros dos sindicatos, das associações rurais e urbanas e a comunidade estudantil”, disse o vereador Luciano Sérgio (PT), antes da votação.
Os vereadores fizeram um acordo antes da sessão e discutiram o projeto em pauta e as duas emendas que propunham alterações em seu teor. O acordo, costurado principalmente pelo líder da bancada governista Jorge da Farinha (PTN), assegurava a aprovação do projeto da Mesa.
Em contrapartida, o vereador Jorge da Farinha retiraria, como retirou, a sua emenda que previa 19 vereadores, ampliando o número de votos sobre o original da Mesa Diretora, composta pelos vereadores Gustavo Carmo, Jorge Mendes e Raimunda Florêncio.
Com unanimidade, o projeto do Mesa foi aprovado sem dificuldades, obtendo nove votos a favor e um contra, exatamente o do vereador José Ricardo Budog, que ainda alimentava a esperança de aprovação de sua emenda de 15 vereadores fosse aprovada. A emenda do Budog foi rejeitada pelo mesmo número de votos da aprovação do projeto, nove votos a um.
O PT já havia fechado questão em torno de 19 vereadores, partindo do princípio do desejo da maioria dos partidos durante audiência pública realizada duas semanas atrás.
Na direção contrária dos discursos de seus pares, o vereador Radiovaldo Costa (PT), que aguarda indicação do partido para ser o candidato a prefeito de Alagoinhas, disse que a audiência pública foi na direção inversa ao desejo da sociedade.
Ele defende a tese de que a sociedade tem que discutir e questionar, bem como se preocupar, com a qualidade e com o papel dos vereadores. “Eles estão aqui para servir a quem e por que?”, questionou os demais, lembrando que seu papel vem sendo exercido na plenitude, apesar das dificuldades de fiscalizar as ações do Executivo.
Por: Vanderley Soares