O deputado federal ACM Neto (DEM) disse que os partidos de oposição ao PT no estado devem discutir juntos as eleições de 2012 e 2014 na capital e no interior. Neto afirmou que tem estimulado conversas com siglas como o PMDB, PSDB, PR e PPS visando a construção de candidaturas únicas em Salvador e nas principais cidades do interior no pleito municipal, o que, naturalmente, reforça a possibilidade de união também em 2014.
O democrata citou algumas cidades onde o entendimento já avançou para nomes praticamente consolidados. Ele lembrou de Feira de Santana, onde o nome da oposição deve ser o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM). Em Vitória da Conquista, destacou a pré-candidatura do peemedebista Herzem Gusmão. Em Itabuna, a reeleição do prefeito Capitão Azevedo (DEM). Em Ilhéus, citou o empresário Cacá Leão (PR). Em Barreiras, frisou Zito Barbosa (PMDB), atual prefeito de São Desidéio. “A oposição precisa escolher o nome mais competitivo em Salvador e nas principais cidades do interior. O candidato tem de ter densidade eleitoral, ou seja, popularidade, e capacidade de agregar aliados”, afirmou ACM Neto.
Neto disse que, apesar de liderar todas as pesquisas em Salvador, não vai impor o próprio nome. “Aceito tanto apoiar quanto ser apoiado”, salientou, citando ainda as pré-candidaturas do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) e do radialista Mário Kértesz, que se filiou ao PMDB. Questionado por Samuel Celestino se cogita ser candidato a governador, Neto afirmou que isso pode acontecer se tiver o apoio da oposição. “Se acharem melhor que eu seja candidato a governador, serei candidato. Acho que a oposição tem de sentar e ver quais são as melhores peças para prefeito, governador, senador. Agora, quem for eleito para governar Salvador ano que vem tem de ficar os quatro anos”.
Questionado por Samuel Celestino e Daniela Prata sobre a gestão em Salvador, ACM Neto defendeu que o próximo prefeito tem de ter coragem para tomar medidas duras, a exemplo de cortar cargos de confiança e reduzir despesas. “O próximo prefeito tem de tomar a eficiência como um exercício de fé. Hoje, o prefeito trabalha apenas para apagar incêndios. É preciso resgatar a capacidade de planejamento de nossa cidade”, ressaltou o parlamentar. “A prefeitura hoje está muito centralizada. É preciso também acabar com isso. O prefeito tem de levar a estrutura da máquina pública para os bairros”, acrescentou.
Da redação * com informação ASCOM