Se alguém perguntar as donas de casa Eugênia Evangelista Ramos, e Maria José Ribeiro de Oliveira, 76 anos, moradoras da Rua Manoel Gonçalves de Araújo, bairro Carijé, se elas estão felizes com a chegada das chuvas, certamente a resposta será que sim, mas com ressalvas, pois a depender do volume a alegria passa a ser tristeza.
A tão esperada chuva principalmente pelos agricultores veio para ficar uns dias na região, as nuvens começaram a desaguar por volta das 16h15 desta terça-feira, 18, e foi motivo de alegria para a população, a exceção mesmo ficou com Eugênia e Bia de Biliu como é conhecida a aposentada que em pouco tempo de chuva já sofriam com a invasão de água de esgoto em suas residências.
Eugenia procurou a redação do CN indignada com a situação, pois segundo ela é uma cena que se repete há dez anos. “ Em 2001 quando a prefeitura fez esse calçamento a situação ficou desse jeito e eu sempre venho procurando Landinho,(sec de infraestrutura) e falo do nosso sofrimento, mas ele nunca veio aqui para solucionar esse grave problema, na ultima vez que falei com ele a resposta foi de que não podia mais construir esgotos na cidade, mas aqui não é para construir, é só para quem sabe colocar uma manilha mais larga, pois a que está não vem suportando e quando a chuva vem, todo os dejetos do esgoto retornam para nossas casas, tanto pela porta quanto pelos ralos do banheiro”, contou indignada Eugênia.
A aposentada Bia de Biliu conta que sofreu um derrame há dois anos e além da idade perdeu parte dos movimentos. De pés descalços ela tentar empurrar a água para fora. “Aqui é terrível, a gente sofre com o mau cheiro e até fezes são vistas na cozinha, debaixo da pia”, contou a aposentada. E aproveitou para mostrar a parte baixa do sofá encharcada em consequecia da água que saiu do esgoto.
Ainda segundo Eugenia, não são apenas elas que sofrem com a situação, cerca de cinco residências vizinhas vivem o mesmo drama no período das fortes chuvas.
Texto e fotos: Raimundo Mascarenhas