Demonstrar a viabilidade da agroecologia em assentamento do Semiárido. Esse é o viés da capacitação que 24 trabalhadores rurais estão participando. O evento acontece nesta quinta (3) e sexta-feira (4), no assentamento Malhador Jurema, localizado no município de Canudos, no Território Sertão do São Francisco.
O curso faz parte das ações do núcleo operacional de Uauá da assessoria técnica do Incra e tem o objetivo de disseminar os benefícios da adoção da agroecologia como prática produtiva. “Vamos apresentar a agroecologia que os agricultores do Malhador Jurema desconhecem e explicar que se trata de uma prática sustentável. As famílias não precisam de insumos externos”, explica o técnico Rodrigo Santos, que ministra o curso.
Modelo consorciado
Santos contou que está apresentando, para a área, um modelo agroecológico consorciado que envolve o plantio de mandioca, milho e feijão. O curso ensina o cultivo de espécies forrageiras para alimentação de animais criados no Malhador Jurema, que são gado, bode, carneiro e galinha. Também será estimulada a adoção de cultivo e extrativismo dos cajueiros, umbuzeiros e maracujás do mato, que são árvores frutíferas nativas da região, além da manga.
O técnico explica que o curso também mostrará os malefícios da utilização de agrotóxicos e estimular a produção agrícola. “Estimulamos as famílias para que sintam confiantes em sua capacidade produtiva”.
Assistência Técnica
Esse é o segundo curso de agroecologia preparado pelo núcleo operacional de Uauá. Entre os dias 25 e 26 de outubro foram treinadas em agroecologia 30 agricultores do assentamento Varzinha, também situado em Canudos.
A assessoria técnica do Incra é executava na Bahia através da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), do governo do estado. Ao todo, o convênio presta assessoria técnica para 35 mil famílias baianas assentadas.
Por: Cíntia Melo – Assessora de Comunicação Social
Incra/BA