O vereador Agnaldo de Lima Avelino (PMDB), no ato de entrega de uma patrulha agrícola na comunidade de Laginha, distante 10 km de Retirolândia, na noite de sexta-feira (06), não encurtou criticas ao prefeito Albérico Moreira, do mesmo partido e apelidou o líder maior da legenda no estado, o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, de “Jadeu”.
Segundo Lima, este apelido foi em função da pouca capacidade de ex-ministro em oferecer resultado em investimento no município e lembrou que na campanha de 2008 Geddel pediu ao povo que lhe desse Bequinho prefeito e como gratidão contribuiria para o desenvolvimento local com direcionamento de obras e investimentos. “Foi só engano, além de receber o voto da população, Bequinho, assim como Geddel, estacionou o município, sem qualquer investimento de recursos públicos na zona rural ou na sede”, alfinetou o parlamentar.
Para o vereador, o ex-ministro que tantas vezes foi votado no município, está desacreditado por não oferecer os resultados esperados. Outro agravante, na opinião de Agnaldo Lima, é a fidelidade exagerada do chefe do executivo ao ex-ministro, hoje, vice-presidente do setor de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira, que impediu de se relacionar com a base do governo, contrariando o que prega o governador Jaques Wagner, onde diz que atende a todos os prefeitos sem olhar o partido, pois foi escolhido pela maioria da população. ”Estamos a pouco menos de um ano para terminar este mandato e até o momento o prefeito não foi uma única vez ao governador e a nossa salvação é o líder sindical Noé Silvestre, do PCdoB, que por meio da FETAG vem viabilizando projetos em parceria com o Governo do Estado”, lembrou Lima.
Ele entende que é natural manter a fidelidade, mas lamenta que o “amor” que o prefeito tem por Geddel seja maior que pelo povo. “Uma autoridade tem que respeitar a outra e um exemplo disto foi a minha presença em um ato institucional no próprio Povoado de Laginha, no mês de novembro, a convite do próprio prefeito e soube separar, pois sou do Legislativo Municipal e ele do executivo. Assim também entendo que ele deveria agir junto ao governo do estado, esquecendo um pouco este amor por Geddel e pensar mais desenvolvimento do munícipio”, aconselhou o vereador.
De acordo com o vereador Agnaldo, Geddel tem que entender que o município lhe repudia, pois é notório o desgaste político na comunidade e um exemplo disto foi os poucos mais de 770 votos que recebeu o candidato a deputado estadual indicado por ele ao prefeito, e seu irmão, Lúcio Vieira, que recebeu o apoio para deputado federal, obteve 1.321 votos, ou seja, 2.095 votos a menos do que o deputado Edson Pimenta, apoiado pela oposição.
Questionado pelo CN se esta posição não atrapalharia seu futuro político, Agnaldo respondeu que não, até porque já está decidido que não sairá candidato a nenhum cargo eletivo e se fosse ao contrário, sairia por outra legenda, “Não é justo ficar atrelado ao sistema do coronelismo. Este tempo já acabou”, concluiu.
Por: Valdemí de Assis/ Foto: Raimundo Mascarenhas