Um grupo formado por mais de 30 pessoas, no Município em Araci, decidiram invadir um terreno da prefeitura que fica em um bairro ao lado do ginásio de esportes Rei Pelé e vizinho às futuras instalações de uma creche. O terreno que antes era um campo de futebol, agora está ocupado por jovens, adultos e até idosos onde querem construir suas casas.
De acordo com o portal folha, os sem teto afirmaram que momentos depois da invasão na noite de terça-feira, a polícia militar chegou ao local e tentou retirar as pessoas usando força bruta. “Eles bateram em algumas pessoas e até em crianças” – afirmaram os manifestantes.
As pessoas começaram a fazer os loteamentos e alguns até já começaram a cavar os alicerces. Um jovem identificado por Edilson mostrou como foi feita a divisão do terreno. Segundo ele, cada pessoa ficou com uma posse de 5 metros de frente e duas ruas foram deixadas para dar acesso às casas. Cada ocupante escolheu sua área e vai começar a construir imediatamente.
Mesmo sabendo que não é certo invadir propriedade municipal, os invasores garantem que não vão sair do terreno e promete resistir a uma investida mais forte da polícia ou até mesmo um mandado da justiça, mas esperam da prefeitura uma negociação. “Basta à prefeitura nos dar o terreno, nós construiremos com o nosso suor” – afirmou Edilson.
Questionados pela reportagem porque decidiram invadir o terreno, todos afirmam numa só voz, que “o terreno estava parado, só criando mato e servindo de pasto para jegues e então ocuparam”. A maioria dos invasores são pais de famílias que moravam de aluguel, outros são jovens que moram ainda com os pais e querem ter sua própria residência.
A prefeitura informou que o terreno está destinado para dois projetos para ‘’’as construções das sedes do CRAS e do CREAS e por isso vai entrar com pedido de reintegração de posse, mas existe a possibilidade da prefeitura doar o terreno para os invasores, tudo depende de uma negociação.
A reportagem ouviu também a secretária de Desenvolvimento Social, Soraya Vilaronga, que seguindo orientação da prefeita, será feito um trabalho social com os envolvidos na invasão e será oferecido a estas pessoas realocação em outras áreas do município.
Para o advogado Arthur Barbosa, a ação da polícia foi correta e que numa situação desta é comum a resistência por parte dos invasores, daí a polícia tem mesmo que intensificar o peso da ação. “A polícia agiu com intenção imediata de proteger o patrimônio público, neste caso, o terreno”. O advogado explicou ainda que se os moradores estivessem no local há mais tempo, a polícia só agiria com mandado da justiça.
Por: Do Karmo Carvalho / fotos: Luis Gustavo