O deficiente físico Jaelton Araújo Ramos, 47 anos, conhecido por Ganso, fundador e presidente da União Coiteense de Amigos Deficientes (UCAD) em Conceição do Coité, procurou a redação do CN para falar da conquista a acessibilidade depois de reivindicar do poder público municipal, não obtendo êxito acionou o Ministério Público que determinou a construção das mesmas em vários pontos da cidade. “Ainda deixa muito a desejar, pois o acesso aos órgãos públicos bem como a utilização de sanitários é muito difícil. Tem três secretarias municipais que nunca fui por não poder subir escada, se precisar falar com o prefeito também não consigo, pois o acesso é só por escada”, protesta.
Ganso disse que o que foi feito até agora foram às rampas nas calçadas no centro da cidade e só foi feito depois que a UCAD passou a cobrar do gestor público,” a lei a acessibilidade é pra ser colocada em pratica em todos os municípios brasileiros, mas nem sempre somos respeitados e sofremos com a falta de acesso e a desigualdade”, lamenta.
Jaelton lamenta também a falta de fiscalização e punição aos motoristas que estacionam os veículos em locais onde foram construídos para acesso principalmente de cadeirantes e o que se ver é a rampa bloqueando a passagem.
De acordo com o código de transito brasileiro os municípios são responsáveis por 80% do gerenciamento do transito urbano, mas falta à municipalização do mesmo em Conceição do Coité e o resultado é a desorganização, ficando a sobrecarga para a polícia militar que possuiu um efetivo considerado pequeno para cumprir o que é de seu direito.
Outra reclamação atribuída à prefeitura é nas construções e reformas de imóveis, o material de construção e entulhos são colocados nos passeios, obrigando as pessoas descerem e passarem pelo meio da rua, correndo risco de serem atropelados.
” Essa é uma situação que também pode ser corrigida pelo poder público, mas não existe um fiscal para chamar a atenção dos donos de imóveis ai fica do jeito que eles querem” criticou o deficiente.
Na condição de presidente de uma entidade direcionada a pessoas especiais, Ganso disse que a inclusão social precisa sair da teoria. Já sugerir do secretário de esporte e lazer da prefeitura Gildemar Carneiro (Dema) na micareta a montagem do camarote da acessibilidade, são muitos os deficientes que gostam da festa mas não têm o prazer de participar, por ter que ficar no meio da multidão correndo riscos. Dema pode ter boa vontade em fazer, mas não depende só dele”, reconhece.
Segundo Jaelton a dificuldade da UCAD é tão grande que não tem números exatos da quantidade de deficientes físicos existam em Coité, mas assegura que passa de 500 pessoas.
Para o deficiente chegar ao balcão dos Correios precisa subir três degraus.
Por: Raimundo Mascarenhas