Desde sexta-feira (27.04) quando começou a liberação do pagamento do primeiro lote dos professores estaduais constatou-se que os servidores receberam seus vencimentos descontados, em virtude da greve na Educação que começou no dia 10.04, todos os professores estavam aguardando ansiosos para saber se realmente as ameaças sofridas pela categoria desde o inicio da semana iria realmente se confirmar, pois as Direcs enviaram um comunicado para as escolas onde teriam que informar nome do funcionário e se ele estava frequentando o trabalho, porém segundo informações até ontem a tarde alguns diretores ainda não tinham enviado as informações, o que comprova que o governo descontou de forma geral os salários dos professores, pois segundo informações não confirmadas, escolas que não aderiram a greve também tiveram seus vencimentos cortados.
Diante da ilegalidade da greve o governo poderia descontar os vencimentos do trabalhador pelos dias não trabalhados, mas segundo uma nota divulgada pelo STF desde que a categoria elaborasse um calendário de reposição os vencimentos não seriam cortados, mas diante do não diálogo entre governo e categoria, professores vão ter que passar o mês com valores que vão de R$ 260,00 e R$400,00. Segundo informações trazidas pelos mesmos que estão divulgando o tempo todo nas redes sociais, o que também os isentam de repor os dias parados.
Os professores estão indignados com a postura do governo, “Cada dia que passa fico mais entristecida com tudo, que o poder transforma, todo mundo sabe, mas negar tudo que você acredita por conta do “poder”, sinceramente é inadmissível e o mais triste a sociedade se anula, dando margem a todo tipo de oportunismo e desmando de quem está no poder.Essa greve da educação no estado da Bahia veio de vez para mostrar o quanto que a educação é só discurso do poder e de quem quer se promover através da mídia,”Seja um professor”, gente quanto hipocrisia, (falta de vergonha na cara mesmo), o compromisso com a educação foi exposto nos acordos não cumpridos e nos cortes salariais e tudo mais que um governo “democrático” deve fazer. Mas não pensem que vou desanimar, agora sim vou renovar minhas forças e lutar na minha sala de aula, do meu interior baiano, por uma educação de qualidade, fazer com que meus alunos de hoje e de amanhã vejam o professor com outros olhos e tenham orgulho de serem de escola publica, desabafou uma professora que não quis se identificar.
Por: Raimundo Mascarenhas