Os ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário decidiram adaptar também para o Nordeste a resolução do Conselho Monetário (CMN) que prorrogou dívidas de produtores do Sul do País, prejudicados pela estiagem. Assim, agricultores da região Nordeste, que produzem em municípios onde foi decretada situação de emergência em função da seca, terão fôlego extra para pagar as parcelas de custeio e investimento do crédito rural vencidas ou a vencer neste ano. A decisão prorroga o pagamento para dezembro deste ano. A medida alcança mais de 500 municípios do Nordeste, 200 dos quais somente na Bahia, e será usada também para ajudar produtores rurais do Acre e do Amazonas prejudicados pelas cheias.
Esta foi uma das reivindicações apresentadas aos ministros da Agricultura e do MDA pelo secretário da Agricultura da Bahia e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, durante audiência que contou com as presenças de 24 dos 27 secretários estaduais, no dia 3 deste mês, em Brasília.
Na condição de representante dos secretários de estado, Salles solicitou aos ministros Mendes Ribeiro (Mapa) e Pepe Vargas (MDA) apoio para a prorrogação imediata do pagamento das parcelas de custeio e investimentos previstos para este ano de pequenos, médios e grandes produtores de município que estão em estado de emergência nestas regiões, prorrogado-as por 24 meses.
Mas os ministros disseram que a questão será analisada mais detalhadamente em dezembro e o prazo, estendido agora para dezembro deste ano, poderá ser ampliado para que essas dívidas não se tornarem outra bola de neve, prejudicando os pequenos e médios agricultores.
Ascom Seagri