A gravação de uma reportagem feita pela equipe do Custe o Que Custar – CQC da Rede Bandeirantes, do quadro “Proteste Já”, sobre os sérios problemas ambientais que vem prejudicando a saúde pública do município ao longo dos anos, ainda irá ser exibida segundo a produção do programa, na segunda-feira (18), a noite e será gerada em rede nacional, mas já ganhou grande repercussão na imprensa. A equipe do CQC esteve em Conceição do Coité na quarta, 30, e quinta-feira, 31, onde visitou o matadouro municipal e o lixão, dois problemas que segundo a engenheira ambiental Juliana Boaventura, entra ano e sai ano e ninguém toma providências.
A ambientalista foi citada numa matéria escrita pelo assessor de comunicação da prefeitura Val César que inclusive foi publicada aqui no CN, sendo acusada de agredir uma servidora da prefeitura de forma violenta, e que a mesma teria passado mal, desmaiando, e conduzida ao hospital Almir Passos, onde ficou em observação por algumas horas e ao receber alta se dirigiu para a delegacia para prestar queixas.
A engenheira diante da acusação solicitou do CN o espaço para responder e diante do que foi escrito a seu respeito disse que estará movendo uma ação contra a funcionária e ao assessor. Segundo ela, o “Val César na condição de ‘porta voz do prefeito’ tinha que fazer isso mesmo, nenhuma autoridade teve a coragem de explicar ao programa as irregularidades e tentaram pegar um momento de mal estar da mulher. Se a funcionária realmente desmaiou, foi devido à responsabilidade de ter aberto a porta da prefeitura e do gabinete do prefeito e ter deixado a CQC entrar, e ainda sim, por ela ser uma das colaboradoras dos serviços gerais, a própria teve que retirar da mesa do prefeito a cabeça bovina colocada por Oscar Filho, que estava em estado de decomposição, com o odor muito forte. Se uma cabeça criou pânico e mal estar na prefeitura, imaginem vocês o sofrimento da população do bairro da Terra Nova que convivem com o odor diariamente de toda a ossada dos bois disposta de forma inadequada há 20 anos. Eu tenho provas de pessoas com doenças sérias provocadas pela falta de higiene principalmente da carne que as famílias consomem”.
“Portanto administração atual de Coité está tentando se sair de vítima usando a própria funcionária, tudo isso com o objetivo de mudar o foco da reportagem. Gostaria que todos soubessem que meu interesse é defender a saúde pública de minha cidade independentemente de quem esteja governando, promover a conscientização. Eu jamais agrediria uma pessoa, não é da minha índole, a CQC tem tudo gravado e mostrará a realidade em breve. A educação dada pelos meus pais foi à base da verdade, de fazer o que é certo. Vou continuar a luta e sei da seriedade do Ministério Publico e os órgãos responsáveis como ADAB e Ministério da Agricultura, várias cidades se adequaram as normas e o resultado está sendo satisfatório para todos, inclusive aqueles que prestam seus serviços no abate de animais ao meio da lama, do sangue e da fedentina”, desabafou.
Ainda sobre o CQC ela disse que é uma equipe de excelentes profissionais que roda o Brasil falando das mazelas em tom de humor e as denúncias chegaram ao conhecimento da produção por ela mesma, pois com essa coragem ela espera despertar as autoridades interessadas em adequar o Matadouro de Conceição do Coité, as normas da portaria 304/ editada em 1996 que segundo ela é possível e muitas cidades já se adequaram. A ambientalista formou-se pela Universidade Tiradentes em Aracaju e pós graduou em Sistemas de Gestão da Qualidade – Saúde e Meio ambiente pela UNIFACS.
Por: Raimundo Mascarenhas