“Eu não sei mais o que fazer, depois de tanto lutar encontramos a minha filha, contei com a boa vontade do Calila, dos repórteres de Tucano e do vereador Betão, que foi comigo buscar ela e dois dias depois se revolta e pede para eu deixar ela sair, porque se não ia quebra tudo”, disse a mãe de Joice, a senhora Filipia, por não conseguir segurar a filha que está prestes a dá à luz e por sofrer problemas psicológicos está optando por viver nas ruas.
Para a mãe está complicado fazer nova viagem de 115 km de distância de Conceição do Coité, contra sua vontade e ter que passar por situações constrangedoras, conforme ocorreu no inicio da tarde de segunda-feira, quando a filha disse que iria dá uma volta para ‘arejar’ a mente e não mais voltou.
Por volta das 14h30 de hoje, (terça-feira) o CN recebeu uma ligação, desta feita do radialista Gil Santos,que também possuiu um blog na cidade, informando que estava naquele momento ao lado da gestante e que tinha levado a uma churrascaria para almoçar. Santos estava atendendo também a um pedido da mesma para que lhe fosse dado um par de sandálias, pois segundo ela, está ida a Tucano foi para buscar suas roupas, mas que ao chegar a uma casa abandonada onde estava dormindo, acabou encontrando tudo queimada.
Joice disse que voltará para sua casa, mas o problema, segundo a própria família, é que a mesma tem problemas psicológicos e esteve internada em um centro de recuperação em Salvador, e lá conheceu uma amiga que é usuária de droga e abandonou o tratamento e vive na rua. Segundo uma irmã de Joice de pré nome Késia, esta suposta amiga a induz pedir dinheiro e alimento.
O problema maior agora é onde colocar a gestante, pois em Conceição do Coité não há nenhum espaço físico para que pessoas com problemas psicológicos possam ficar. O vereador Betão do PT disse que vai procurar o ministério público para tentar resolver de uma vez por todas essa situação, pois está em jogo duas vidas de pessoas que precisam de cuidados.
A senhora Filipia é natural de Salvador e está em Coité a cerca de dois anos e veio justamente para tentar recuperar a filha que vivia na droga tendo inclusive ficado em dois centros de recuperação, mas segundo ela não deu muito resultado ter vindo para o interior, pois a mesma pessoa que conheceu sua filha e que também é usuária é quem tem “infernizado” a vida da filha.
Por: Raimundo Mascarenhas/ foto: Érico Souza tucanobr.com