O garoto Luclécio Santos Bonfim,10 anos, filho do casal Maria das Graças e Pedro Cardoso, residentes no Bairro da Mansão em Conceição do Coité, depois de passar duas semanas em Salvador, sendo treze dias no Hospital Geral do Estado – HGE e dois no Hospital Santo Antônio (Irmã Dulce) onde realizou uma cirurgia no maxilar na última segunda-feira, 2, recebeu alta na tarde de quarta-feira,04, e já está em sua residencia.Ele se recupera da cirurgia e da fratura no braço direito em decorrência da queda sofrida da parte mais alta da cobertura do Ginásio de Esportes do CAIC, cuja altura é de aproximadamente 20 metros, fato ocorrido no dia 21 de junho.
Havia boato na cidade de que o mesmo havia falecido,”mas eu sempre tive fé que meu filho iria sobreviver, orei muito, outras pessoas oraram também e acho que tudo isso contribuiu para que Deus ouvisse nossas preces e deixasse ele aqui conosco”, disse emocionada Maria das Graças, mãe do garoto.
O vizinho de pré-nome Roberto, o primeiro a informar a mãe e levá-la até o hospital no dia do acidente, disse que a cena que viu só mesmo um milagre evitaria a morte de Luclécio.”Você pode imaginar uma queda livre de uma altura equivalente a um prédio de seis andares e está vivo aqui e sem sequelas graves, só pode ser coisa de Deus mesmo”, avaliou Roberto.
Outra vizinha de pré nome Betânia disse que imaginou que ele sobreviveria a partir do momento que não perdeu a consciência e nem entrou em coma.”Ele fez a viagem até Salvador respondendo tudo que lhe perguntava, eu me preocupei foi nos primeiros dias ele no HGE porque via com muita febre e inchado, mas graças a Deus, deu tudo certo e ele está aqui”, comemorou a vizinha, ela que esteve por duas vezes como acompanhante de Luclécio.
A criança perdeu todos os dentes e vem se alimentando a base de liquido, devendo retornar a Salvador para revisão no próximo mês.
Acesso ao local de onde o garoto caiu permanece livre
Na reportagem anterior foi dito que é constante o sobe e desce de crianças e adolescentes na cobertura do ginásio e que já foi aviso para os pais e até mesmo a policia, para que controlasse a subida dos mesmos. Porém, mesmo sendo uma justificativa de um ponto de vista critica quando se diz que “só se toma cuidado depois que acontece algo”, “que só se fecha as portas depois de roubado”, nem assim pode ser dito sobre o caso Luclécio, pois o CN esteve novamente no CAIC e verificou que nada foi feito no sentido de impedir que outras crianças possam subir uma escada em aclive em um dos cantos da cobertura até o topo. É preciso que a Prefeitura tome providencias isolando o acesso.
Por: Raimundo Mascarenhas