Seis pessoas foram feridas por disparo de arma de fogo e um veículo foi incendiado na noite de sábado (04), durante um suposto desentendimento entre dois irmãos e um homem que se apresentou como policial militar na Avenida Landulfo Alves, na cidade de Riachão do Jacuípe. O fato aconteceu por volta das 23hs em frente à pizzaria de Gai, um dos pontos de maior concentração na avenida.
Segundo o pintor residencial Vanilson de Gino Araújo, 42 anos, tudo começou quando um grupo de pessoas estava concentrado em frente ao estabelecimento comercial e um homem que se identificou com policial tentou passar pelo local, iniciando uma discussão com os irmãos conhecidos como Sólon e Cícero. Ele não soube explicar o que motivou a discussão, porém em um determinado momento o suposto policial teria descido do carro, um veículo Fiat Pálio e foi agredido por populares, tendo neste momento sacado uma pistola 380 e, segundo o pintor, como forma de se defender, começou atirar para o chão.
O pintor contou ao CN que o homem dizia ser policial e todos os disparos foram feitos de sua arma, mas em nenhum momento apontou para as pessoas e que diante da aglomeração popular que começou a quebrar seu carro, ele fugiu com destino ignorado e de repente viu que o carro já estava em chamas. Gino não soube dizer quem ateou fogo no carro. Na correria, seis pessoas, segundo populares, conhecidas na cidade por Anderson fotógrafo, Nego do material de construção, Pascoal e os irmão Sólon e Cícero e outra não identificada pelo CN foram feridas a bala e o homem que se identificou como policial sofreu tentativa de linchamento.
As vítimas deram entrada no Hospital Municipal e depois foram transferidos para a emergência dos Hospitais Clériston Andrade, em Feira de Santana e Geral, na capital do estado. Uma multidão, entre parentes e as pessoas que participaram de um comício na Avenida Eliel Martins, se concentrou em frente ao hospital em busca de informações, até as vitimas serem transferidas em três ambulâncias, sendo duas da Prefeitura.
Vanilson de Gino, disse que é militante do PDT, ou seja, do “12”, como a legenda é conhecida na cidade e a todo instante repetia que o fato não tinha relacionamento com o processo eleitoral. “Isso que aconteceu não tem nada haver como política partidária”, falou o pintor.
Duas guarnições da Companhia Litoral Norte (CIPE), sob o comando do tenente Anderson, compareceu ao hospital em busca de mais informações e disseram ao CN que só o comando central poderia conceder mais informações e não confirmou que o motorista do pálio era policial. Outra fonte, que pediu para não ser identificada, informou que o motorista era realmente policial lotado na CIPE, estava em sua folga e havia se dirigido ao centro da cidade para comprar uma pizza e ao retornar se deparou com esta situação.
Até o fechamento desta matéria ninguém havia sido preso, o motorista e as pessoas que atearam fogo no carro não foram identificados.
Por: Valdemí de Assis / fotos Éder Araújo