Passado duas semanas das eleições do primeiro turno, os eleitos nos municípios localizados no território do sisal só pensam agora na formação da equipe de governo e instalar as comissões de transição e, em muitos municípios, ainda há festa de comemoração, principalmente naqueles onde a política foi modificada depois de muitos anos, a exemplo de Conceição do Coité, onde o grupo liderado pelo ex-prefeito Hamilton Rios mantinha o ‘comando’ há quarenta anos.
Todos os prefeitos com direito a reeleição foram para disputa e dos nove, Fátima Nunes (Euclides da Cunha), Bequinho (Retirolândia), Osni Cardoso (Serrinha), Renato Souza (Coité), Wilson Araújo (Nordestina), Ranulfo Gomes (Cansanção), Tércio Nunes (Teofilândia), Maria Edneide, “Nenca” (Araci), Gil de Gode (Biritinga) e Almir de Maciel (Barrocas), apenas Coité, Araci, Retirolândia e Teofilândia não conseguiram a reeleição.
Nordestina (28,74%), Monte Santo (26,11%) e Lamarão (22,63%), lideraram o número de eleitores que não compareceram as sessões, ou seja, número de abstenção, enquanto Barrocas e Biritinga obtiveram a marca de maior número de eleitores as urnas, ficando cada uma com pouco mais de 1% de abstenção.
Políticos tradicionais que ficaram de fora– Os ex-prefeitos Edvaldo da Silva Pinho, conhecido por Zé Pinho (PSD), pelo município de Araci, esposo da prefeita Nenca, presidente da Câmara por quatro anos consecutivos, que ficou na primeira suplência com 713 votos e Ariston Andrade (PMDB), prefeito duas vezes de Monte Santo, deputado estadual, federal, vereador na gestão 2009/2012, não conseguindo se reeleger, obtendo apenas 139 votos. Em Nordestina, Nelson Moura, vice-prefeito por oito anos, não conseguiu se eleger vereador.
Dos ex-prefeitos que administraram os municípios do território do sisal, apenas três disputaram a eleição: Edilson Lima (Barrocas), Amicés (Biritinga) e Jorge Andrade (Monte Santo). Edilson perdeu a eleição em Barrocas, obtendo 38,85% dos votos, contra 61,15% do prefeito reeleito Almir de Maciel e Jorge Andrade venceu em Monte Santo e deverá tomar posse em janeiro para o terceiro mandato e Amicés não conseguiu impedir que Gil de Gode conseguisse a reeleição de forma ”esmagadora” 63,1% contra 36,83%. Tiveram vitória com folga também Almir de Maciel (Barrocas), 61,15%, contra o ex-prefeito Edilson Lima (38,85%) e Serrinha, onde o prefeito Osni Cardoso foi reeleito com 59,36% em relação ao segundo colocado, o atual ex-prefeito Adriano Lima (34,92). Em quantidade de votos, Osni Cardoso foi quem obteve a maior quantidade, 9.939 votos na frente de Adriano Lima.
Tomando com base em percentual, as maiores vitórias aconteceram no município de Lamarão, onde o petista Dival de Memel (dest.) venceu a eleição com 80,08% dos votos na disputa com o atual vice-prefeito Leocesio multi (PDT), que era apoiado pelo prefeito popularmente conhecido por Gordo. Em Teofilândia, também membro do quadro do PT, o professor Adriano venceu o atual prefeito Tércio Nunes com 61,75% dos votos. Tércio teve apenas 38,25%.
Os menores percentuais de vantagens aconteceram nos municípios de Santaluz, onde o social democrata Zenonzinho (dest.) venceu o pemedebista Joelcinho com uma margem de 1,26%. Zenonzinho 49,45% (11.253 votos) / Joelcinho 48,19% (10.965), ou seja, 288 votos de diferença e em Candeal, o fazendeiro e comerciante Fernando Nere (PMDB), obteve 49,37% (2.911 votos) e empresário Éwerton Cerqueira 48.85% (2.880 votos). A diferença em Candeal foi de 31 votos.
O pleito mais disputado ocorreu em Retirolândia onde três candidatos realizaram campanhas acirradas e os resultados foram observados nas urnas. 9.392 eleitores compareceram as urnas e o advogado André Martins (PSD), venceu 38,97% (3.462 votos), ficando no segundo lugar o prefeito Bequinho, que disputava a reeleição com 31,71% (2.817 votos) e por último o sindicalista Noé Silvestre, 29,31% (2.604 votos). A frente de André em relação à Bequinho foi de 645 votos e 858, contra Noé, que ficou na terceira posição. Com se especulou na pré-campanha, caso tivesse ocorrido à união de Benquinho e Noé, eles teriam sido eleitos com uma margem de 1.969 votos.
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Por: Valdemí de Assis