Após repercutir nos principais veículos de comunicação da região e do estado, semana passada, o projeto de emenda à lei de estabilidade financeira lançado na câmara pelo prefeito Renato Souza, foi arquivado pelo presidente da casa, vereador Nego Jai (PP), nesta segunda (10) na sessão ordinária.
A emenda seria para conceder estabilidade econômica para funcionários com cargos comissionados e eletivos, com 40 % dos subsídios salariais, no caso de Maria Eugenia – Geninha (ex-vereadora/professora), Samuel Araujo (vereador/motorista), e Anaedson – Nai- (vereador/motorista) que não concorreu a reeleição. Depois de publicada no site local sisalnoticias.com e pelo CN, a noticia ganhou repercussão nas redes sociais, logo em sites, rádios e televisões de Salvador. O presidente do TCM, Paulo Maracajá e Ministério Público, através de nota, repudiaram o projeto, contestando ilegalidade.
Nego Jai, tomou a decisão de arquivar o projeto de emenda, segundo ele, depois de conversar com os vereadores citados nos noticiários, inclusive Edevaldo Ramos, mencionado em matéria do Jornal A Tarde, (Política – dia 06). Mas este não seria de forma alguma beneficiado por esta emenda, como ele mesmo argumentou. Ele também criticou a mídia de forma ferrenha: “a imprensa da Bahia é frouxa”, desabafou. Ainda se posicionou a favor do projeto, sob a alegação de que os deputados estaduais da Bahia que têm dois mandatos, recebem 100 % dos subsídios.
O presidente da Câmara que já declarou na semana passada, não haver tempo hábil de tramitação do projeto até o fim do desta gestão (em entrevista para televisão e divulgada também pelo CN), justificou a decisão, na tribuna: “por pedido de Samuel, Nai e Edevaldo, vou arquivar este projeto. Pela honra e moralidade da família desses vereadores. Este filme está fora de cena”. O edil ainda criticou a postura da imprensa, chamando a de “tendenciosa”.
Samuel Araujo bateu também na mídia, dizendo que o projeto não se dirige apenas a ele, como teria dito as manchetes, mas ao funcionário público. O vereador, que não foi reeleito defendeu-se: “esta lei já existe. Não é só para Samuel Araujo, é para funcionários públicos. Sou digno, honesto e honrado, não é a imprensa que vai me tirar isso”.
A pedido do vereador Betão (PT), através de requerimento, o projeto foi retirado de pauta e consequentemente arquivado, nesta segunda (10) encerrando assim, o assunto que “deu muito pano pra manga”, quando Coité mais uma vez apareceu na mídia estadual com imagem negativa, na gestão de Renato Souza.
Da Redação CN