A crise que está vivendo o município de Retirolândia desde a semana passada, quando funcionários protestaram ocupando a sede da Prefeitura e interrompendo a BA 120, próximo à residência do prefeito José Albérico, chamou atenção de um especialista em assuntos relacionados a gestões públicas e que trabalha em quatro Prefeituras do território do sisal e através de e-mail ao CN, pedindo inclusive que não identificasse, alertou que a partir de 1º de janeiro de 2013, quando os prefeitos eleitos assumirem o comando das administrações municipais, uma série de problemas deixados pelos seus antecessores começam a ser expostos. Ele estima que a maioria dos prefeitos vai deixar muita dívida e problemas graves como crises nos sistemas de coleta de lixo e salários em atraso.
Esta previsão, segundo o internauta, foi baseada no levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), entidade que representa a maioria das cidades brasileiras, onde externou uma série de problemas que os municípios vêm sofrendo e os prefeitos teriam sonegado informações corretas para minimizar, por enquanto, as “porradas” que receberão de seus sucessores e quando janeiro chegar, os problemas serão expostos.
Ele externou sua preocupação com a crise financeira que atinge a maior parte dos municípios brasileiros e, pelo menos, de cada quatro prefeitos, três admitem que tiveram dificuldade para fechar as contas municipais em 2012. Esta situação tem sido agravada pelas medidas de desoneração fiscal para estímulo a setores da economia e as reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e das Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) causaram uma queda de R$ 10 bilhões nos repasses da União aos municípios.
Para ele, esta situação só será modificada com a reforma tributária e criticou a concentração de verbas na União, uma situação que considera incompatível com os grandes encargos suportados pelos municípios e pediu providências do governo federal para reduzir a burocracia no repasse dos recursos. Para ele não é novidade que alguns municípios tenham atrasado os pagamentos dos salários e do 13º dos servidores municipais.
O CN também recebeu queixas de servidores de Conceição do Coité, Nova Fátima, Riachão do Jacuípe e Tucano, todos pelo mesmo motivo, falta de pagamento de salários e 13º. Hoje, 31, é o último dia da gestão de 4 anos, quem tiver “bala na agulha” poderá sair sem dá o que falar.
Da redação CN