O prefeito Assis, acompanhado dos secretários de Saúde, Alex Lopes; Agricultura e Meio Ambiente, Urbano Carvalho; e de Comunicação e Relações Institucionais, Valdemí de Assis, participou na noite de terça-feira (29), de um encontro no Açude Itarandi, distante 03 km da cidade de Conceição do Coité. No evento discutiu com os moradores as possíveis soluções, a curto, médio e longo prazo, para o grave problema que a comunidade vem enfrentando ao longo dos últimos 30 anos e se agravou na última semana com a morte de aproximadamente 40 toneladas de peixes, segundo dados do governo.
O encontro aconteceu no salão da Igreja Católica com a presença dos moradores da comunidade, dos vereadores Betão e Gel de Tetê, da coordenadora de Vigilância Sanitária Juliana Boaventura, além de representantes do Sindicato de Trabalhadores Rurais. Durante duas horas, os moradores expuseram a realidade da comunidade após a mortandade de peixes e entregaram um documento ao prefeito solicitando a execução do projeto de renda mínima conferido pela lei municipal nº 471 de fevereiro de 2008 de autoria do próprio prefeito quando era vereador na legislatura 2004-2008, assinada também pelo vereador Betão.
Alex Lopes, secretário de Saúde e vice-prefeito, fez questão de frisar que a atual gestão não será omissa em relação aos problemas da comunidade e lembrou a agilidade do governo ao tomar conhecimento do problema. “Estamos fazendo o que é possível para resolver o problema. Não está sendo fácil mas estamos fazendo todo esforço para resolver estas questões e não vamos medir esforços para que a vida do povo melhore”, externou Lopes.
O secretário relembrou seu histórico de luta junto a comunidade e que sempre lutou por esta questão do açude e disse que não será agora que se esqueceria da localidade e relatou que o problema só irá se resolver definitivamente quando for implantada uma Rede de Tratamento de Esgoto (RTE).
Respondendo a solicitação entregue pela comunidade, o prefeito Assis salientou que o projeto já existe há mais de 5 anos, mas não foi posto em prática. Segundo o prefeito, a situação do município é crítica e foi taxativo ao dizer que “pra este projeto de renda mínima não há um só centavo no orçamento de 2013”. Ainda assim o gestor deu esperança aos moradores de que já está estudando uma forma de ajudar emergencialmente àquelas famílias mais necessitadas da comunidade.
O prefeito ainda propôs a criação de uma comissão formada por representantes da localidade e Poder Público para que se fizesse um levantamento das famílias que, de fato, estão em situação mais vulnerável. A proposta foi aceita e foram escolhidos Gilcimar Lima Pereira, representando as famílias, Rosimeire Oliveira, representante da Igreja Católica e Joelma Silva Brandão, presidente da Associação dos Moradores, como representantes da comunidade, além de Francisco Araújo, na representação do Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares e Edvaldo Evangelista, representante do governo municipal.
Segundo o prefeito, o papel desta comissão é efetuar um levantamento das famílias carentes, que não tenham outra renda e estejam passando por dificuldades, por ser o cultivo de verduras a única renda. A comissão também deverá efetuar um diagnóstico para se ter uma ideia real de quanto o município precisará para socorrer as famílias afetadas.
Além disso, mais duas ações serão executadas de imediato: A primeira, por meio da secretaria de Agricultura, é o fornecimento de água potável para as famílias utilizarem no cultivo das hortaliças, o que já vem sendo realizado, e a segunda será a realização de uma campanha publicitária visando informar a população que as hortas do açude não são mais irrigadas com água contaminada.
O secretário Urbano de Carvalho informou que já foram retiradas do açude sete caçambas e cinco charretes de trator de pneus carregadas de peixes mortos. Todo o material foi enterrado no aterro sanitário do município.
Carvalho falou também que os peixes continuam morrendo, principalmente a noite por causa do PH baixo. “É possível recuperar o açude e vamos lutar por isso. Devemos tirar uma lição de desta tragédia, buscar parceiros e não sossegar enquanto o problema não for totalmente solucionado”, falou Urbano de Carvalho. Ele também relatou sobre a visita da equipe da Bahia Pesca que efetuou o monitoramento da água constatando um alto índice de poluição.
Por Gilcimar Pereira/ fotos: Éder Araújo