Surge mais um nome na base do governador Jaques Wagner (PT) para disputar a eleição da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), o socialista, Wilson Paes Cardoso (PSB), prefeito do município de Andaraí, na Chapada Diamantina.
Segundo ele, o trabalho realizado em Andaraí o credenciou para disputar e ganhar a presidência da UPB.
Apesar do entendimento de que deve haver uma candidatura entre os partidos da base do governo, além de Wilson, Rilza Valentim (PT),prefeita de São Francisco do Conde, é tida como a candidata do Governador Jaques Wagner (PT). A candidatura foi anunciada ontem (9) pelo partido.
No meio do embate, o Presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo afirmou que “não interessa a eleição interna. Só serve a decisão por inteiro e isso só vai acontecer com toda a base”.
Wilson considera que a UPB precisa de um presidente que conheça as necessidades dos municípios. “O que Rilza recebe mensalmente equivale a receita de 192, dos 417 municípios baianos. Qual a sensibilidade que ela vai ter para dirigir a UPB, para lutar pelos municípios pequenos?”, pergunta.
Apoio – Sobre o apoio do governador Jaques Wagner, ele se diz tranquilo. “Também sou da base do governo, sou fiel, mas não vou dizer amém para tudo. Gostaria de ter o apoio de Jaques Wagner,tenho o apoio da senadora Lídice da Mata (PSB) e do deputado estadual Zé Neto (PT). O senador Walter Pinheiro (PT) também sinalizou apoio a minha candidatura. O governador tem dois candidatos da base aliada, mas ainda não bateu o martelo sobre o apoio a Rilza, que é uma candidatura que possui rejeição de muitos prefeitos”.
Projetos – Ele também quer defender o municipalismo, melhorar a receita dos municípios pequenos, principalmente os que não tem receita própria e dependem exclusivamente de repasse de verbas federais.
“Os municípios baianos sofreram muito com a queda de arrecadação do IPI dos veículos, da linha branca, dos materiais de construção e, com isso, muitos prefeitos tiveram dificuldades para fechar as contas, já que eles têm que cumprir os índices constitucionais e não podem ajustar o quadro funcional de acordo com a queda da receita. Das contas julgadas pelo TCM (Tribunal de Contas dos Municípios), mais da metade foram reprovadas por causa disso.”
Ele acredita que a Lei de Responsabilidade Fiscal deve ser modificada para que o prefeito honesto não tenha as contas rejeitadas e seja taxado de corrupto. Wilson também pretende lutar para que as prefeituras de pequeno porte tenham assessoria jurídica, para que “eles tenham mais tranquilidade.”
Banco de Projetos – O prefeito acredita que muitos municípios perdem verbas importantes por falta de projetos.
“Muitos municípios não possuem estrutura para fazer projetos. Iremos fazer um banco de dados de projetos para atender os municípios e eles tenham facilidade na busca de verbas em programas disponíveis nos Ministérios e nas Secretárias de Estado”.
Fonte: Roberta Costa/Acorda Cidade