Desconfiança é a palavra ideal para definir o momento enfrentado pelos dois novos contratados de Bahia e Vitória. Do lado rubro-negro, a aposta é no atacante William Henrique, 20 anos, contratado junto ao Barueri. Já no Esquadrão, Thuram, 21 anos, é a bola da vez. O atacante disputou a Série C de 2012 pela Chapecoense e tem contrato com o Atlético Paranaense até 2015.
Thuram, por sinal, já enfrenta a pressão de vestir a camisa tricolor antes mesmo de estrear pelo profissional. A pedido da diretoria do clube, ele não foi apresentado para a imprensa na quinta-feira (3), para “preservar o jogador”, segundo informação do clube.
O técnico Jorginho trabalhou no Atlético-PR no ano passado e, apesar de não ter comandado o atleta, conhece o seu estilo de jogo. “Tem muita força e velocidade, mas vem para ser uma aposta”. O gestor de futebol Paulo Angioni acrescenta: “A gente acredita nele e é óbvio que teremos que ter paciência. É um jogador em processo de formação”.
Mesmo com a desconfiança, Thuram promete ser uma das atrações do time. O nome de batismo é Rogério e o apelido do lateral e zagueiro francês veio de uma forma curiosa. “Foi o cabeleireiro que colocou. Fui cortar o cabelo na época da Copa de 1998. Estava passando o jogo da França na televisão e ele falou que eu parecia com Thuram. O apelido pegou”, diz ele que, na época, tinha só 7 anos de idade.
Nascido na Gamboa, distrito do município de Cairu, no Baixo Sul baiano, Thuram já pode dizer que tem uma ligação com o Bahia. O irmão mais novo dele faz parte do elenco que disputará a Copa São Paulo de Futebol Júnior a partir deste sábado. O nome do garoto? Gamboa. O time estreia amanhã, às 10h, contra o Criciúma. O jogo terá transmissão da Rede Vida, e Gamboa, que também é atacante, fica no banco de reservas.
Namoro – Se a torcida do Leão tem motivos para desconfiar de William Henrique, a diretoria do clube aposta alto no atacante. Em 2011, quando ainda era do Barueri, William atuou na Copa São Paulo contra o Vitória e despertou a atenção dos dirigentes rubro-negros. Naquela época, o Leão precisaria desembolsar quase R$ 3 milhões para tirá-lo do clube paulista. Ano passado, o Vitória fez uma nova tentativa para trazer o atacante, mas só agora, quando o contrato com o Barueri acabou, que o namoro com William Henrique virou casamento.
“É um jogador de muito potencial que teve um problema de contrato e acabou prejudicado. É uma aposta nossa que a diretoria concordou”, revela Epifânio Carneiro, diretor das divisões de base do clube, enfatizando que tanto João Paulo Sampaio, coordenador da base, quanto Carlos Amadeu, técnico do sub-20, avaliaram bem William, que já estourou a idade de júnior e veio para jogar apenas no profissional.
Nervoso com a primeira entrevista coletiva, o paulista de Ribeirão Preto, que completa 21 anos no próximo dia 28, falou das suas características. “Tenho velocidade, uma visão boa pra dar assistência, ajudo a marcar e tenho objetividade de fazer gol”, apresentou-se. Após os problemas contratuais que o fizeram jogar apenas 18 jogos em 2012 – e marcar só um gol–, William espera uma vida nova no Leão. “Quero deixar pra trás o que aconteceu. Vai ser umano de vitória no Vitória”, afirmou, esperançoso.
Fonte: correio24horas.com.br