Na abertura da primeira reunião deste ano, que aconteceu no estado de Goiás, o Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri), aprovou, por unanimidade enviar, à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), manifesto de solicitação de esclarecimento pela não efetivação, sem resposta técnica justificada, da utilização do sistema de cabotagem, a partir do porto de Paranaguá, para transporte de milho para os portos do Nordeste.
“Os estados do Nordeste sofrem com a pior seca da história, e os rebanhos estão morrendo por falta de alimento”, foi o comentário unânime de todos os secretários do Nordeste. Eles lembraram que no dia 5 de junho do ano passado, reunido em Recife, o Conseagri decidiu sugerir à presidência da Conab a utilização do sistema de cabotagem para facilitar o transporte de grandes quantidades de milho para as capitais do Nordeste, a partir de onde seria mais fácil e mais rápido fazer o milho chegar aos armazéns da Conab distribuídos nas diversas regiões dos estados e, finalmente aos criadores, sendo àquela altura encaminhado o primeiro ofício nesse sentido.
Posteriormente, através de sucessivos ofícios à Conab e ao Ministério da Agricultura, o pleito foi reiterado, sem que até agora houvesse resposta. Os secretários citaram que contam com todo apoio das superintendências da Conab nos estados, que têm feito o possível para atendê-los e muitas vezes instâncias superiores querem colocar a culpa neles, mas essa questão só pode ser solucionada por decisão do escalão superior, o que infelizmente não aconteceu até hoje. “Por que a Diretoria de Logística da Conab não nos mostra as contas que justifiquem o sacrifício do rebanho do Nordeste, para que possamos rebatê-las? Questionam os secretários estaduais.
No documento encaminhado pelo Conseagri à Conab dando conta da decisão dos secretários, o colegiado informa que os governos dos estados do Nordeste assumiriam o custo de transporte do milho que chegasse aos portos nordestinos para os armazéns da Conab nos Estados, para venda balcão aos criadores. Isto é uma proposta unanimidade dos secretários do Nordeste que estão vendo o sofrimento dos criadores, querem ajudar, mas não conseguem. Segundo eles, muitos estados, para tentar acelerar o processo de distribuição do milho, já assumiram o frete de parte dos carregos do Centro Oeste para os estados, dos armazéns para os criadores e também o carrego, descarrego e ensaque do milho.
Fonte: Ascom Seagri