Acusado de ter agredido Thayne Bárbara, mãe de seu filho de três anos, o atacante Jobson, do São Caetano, irá responder em liberdade ao processo que sua companheira pretende levar adiante contra ele. Por ora, então, o jogador está proibido de qualquer contato com a mulher, seja pessoalmente ou por telefone, email…
Essa foi a medida proibitiva de urgência expedida pelo delegado Willian Correia da Silva, da Delegacia de Polícia de São Caetano do Sul. De plantão nesta madrugada, foi ele o responsável por ouvir os depoimentos do jogador, da mulher e das três testemunhas (Maria de Lourdes, mãe do jogador, Rafael e Gil, amigos do atacante).
Segundo o delegado, Jobson não foi preso em flagrante por falta de elementos materiais. Muito embora Thayne o acuse de agressão, não havia evidências que deixassem isso claro. Jobson, por sua vez, tem um corte profundo no braço direito, provocado, segundo ele, numa queda na escada de sua casa, após banho de piscina.
O delegado Willian Correia da Silva disse ainda que o Boletim de Ocorrência tem duas versões antagônicas sobre o ocorrido. A de Thayne, no caso, é isolada, enquanto a de Jobson conta com o apoio das três testemunhas. O policial, porém, ressalta que o fato de eles terem ligação com o atacante será levado em consideração.
Ainda de acordo com o delegado responsável pelo B.O., Thayne e Jobson têm uma união estável de cinco anos, mas não são casados oficialmente. “A partir de agora, o Boletim de Ocorrência será enviado para o juiz. Ele tem até 48 horas para colocar em prática as medidas proibitivas e instaurar inquérito. Será tudo investigado”, explicou o delegado da Delegacia Sede de São Caetano do Sul.
A versão de Thayne – No Boletim de Ocorrência consta que Thayne Bárbara levou um puxão de cabelo de Jobson depois que eles tiveram uma discussão. O motivo da briga seria que um amigo do atacante teria falado mal do filho do casal. Insatisfeita, a mãe teria cobrado o jogador a respeito e ele, em defesa do amigo, iniciou o desentendimento.
Durante essa discussão, segundo Thayne, Jobson puxou seu cabelo. Foi quando a mãe do atleta, Maria de Lourdes, e um dos amigos, no caso Gil, chegaram para apartar e evitar mais agressões. Depois disso, o atacante do Azulão teria se machucado tentando arrombar a porta do quarto onde ela se trancou.
De acordo com os depoimentos, Jobson, acompanhado de um tio e dos dois amigos já citados, teria chegado em casa por volta de 2h embriagado. O atacante não nega em seu depoimento que estava sob o efeito de álcool. Segundo o delegado, isso não tem relevância no processo. Nem como agravante.
Thayne ressaltou em seu depoimento que Jobson sempre teve comportamento agressivo com ela quando fazia uso de álcool. A última agressão, segundo ela, teria sido há um ano, mas ela jamais tinha registrado ocorrência.
A versão de Jobson e testemunhas – Em seu depoimento, o atacante do São Caetano negou que tenha agredido Thayne. De acordo com ele, os dois começaram a discutir porque ela é muito ciumenta e se irritou com o fato de ele ter saído com os amigos e o tio. Houve, segundo Jobson, uma discussão, apartada pelos amigos e parentes, mas sem o puxão de cabelo.
Jobson confirma que escorregou em uma escada de mármore que há em sua casa e se cortou ao quebrar com o braço direito um vitral localizado perto dela. Sua mãe, Maria de Lourdes, e os amigos Rafael e Gil confirmam a versão e negam que o atacante tenha puxado o cabelo de Thayne.
“Não podemos ignorar nenhum dos depoimentos. Todos eles serão levados em consideração. Mas não havia elementos para a prisão em flagrante. Nós colocamos uma viatura à disposição da Thayne, para que ela retirasse as coisas da casa dele e agora demos entrada na medida proibitiva de urgência”, finalizou o delegado.
Sendo assim, Jobson está proibido de ter contato com a mulher e o filho até que a Justiça investigue a acusação de agressão.
Fonte: G1