A busca de políticas públicas junto ao Estado e União para o enfrentamento da seca na Bahia continua de forma mais intensificada entre as principais bandeiras da presidenta da UPB, prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria. Em 2012 o estado enfrentou a pior seca dentro dos últimos 47 anos, levando mais de 230 municípios a decretarem situação de emergência. No dia 17 de abril, quarta feira, a partir das 09h na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, haverá uma Audiência Pública que abordará o tema A Seca e seus Efeitos na Bahia.
De acordo com a presidenta da UPB, “a saída para essa situação é o equilíbrio entre ações emergenciais e estruturantes. Como o povo e os animais estão sofrendo de fome e sede, pois quase 100% da agricultura familiar foi perdida, é necessário agirmos emergencialmente na doação de alimentos, ração e água. Em paralelo devem acontecer as obras estruturantes como a transposição de vários rios que temos em nosso estado para melhor distribuir os recursos hídricos que temos na Bahia. O estado tem água. O que faltam são obras que levem essa água ao povo. Existem várias formas de levar essa água através de canais ou tubulação subterrânea. Então o que estão esperando para começar?”.
Prolongada – A seca atinge todo o nordeste brasileiro, e em especial a Bahia, que tem a maior extensão territorial do País localizada no semiárido. A estiagem prolongada está atingindo fortemente a economia da região. A quebra na produção de leite e, consequentemente, de seus derivados, é um dos principais golpes da seca na economia nordestina. Maior produtor da região, com 1,2 bilhão de litros em 2011, a Bahia deve registrar uma queda de 50% neste ano.
A Bahia tem o maior número de municípios sofrendo com a seca. De acordo com os levantamentos oficiais mais recentes, são 243 cidades atingidas, sendo 2.752.844 habitantes sofrendo com a estiagem, segundo levantamento da Cordec (10.04.2013). O tamanho do Estado, entretanto, ajuda a amenizar os efeitos econômicos da estiagem. As perdas de produção verificadas no semiárido devem ser compensadas pelo crescimento das lavouras no oeste baiano, região que não tem sofrido tanto com a seca.
Fonte: UPB