As manifestações que vem acontecendo em todo o Brasil, iniciadas nas grandes metrópoles brasileiras a cerca de uma semana continuam ganhado força e já chegou ao interior do Brasil. Tudo começou por conta de R$ 0,20 centavos de reajustes no preço da passagem de ônibus coletivo, porém, com a grande mobilização realizada em todo país pelas redes sociais, o brasileiro oprimido e tendo que tolerar calado tanta coisa, incorporou o espírito do brasileiro do Impeachment de Fernando Collor de Melo em 1992 e resolveu cobrar tudo que é de direito do cidadão.
Cada município escolheu algo que está “travado” no entra e sai de governo e nada é resolvido, e a população coiteense de maneira particular espera melhorias imediatas na saúde, pois, apenas um hospital para atender a cerca de 65 mil habitantes, e nem sempre encontra especialistas e algo do ponto de vista clinico que poderia ser resolvido na cidade, por falta ás vezes de um simples raio-x ou fratura não tão complicadas, precisam ser encaminhadas para Feira de Santana, situação que o paciente ao chegar no Cleriston Andrade ás vezes é atendido ainda na ambulância e mandado de volta.
Mas o que foi escolhido como foco da manifestação na tarde desta sexta-feira, 21, em Coité foi o terminal rodoviário da cidade, um dos maiores terminais do interior da Bahia em extensão, porém, a muitos anos vem abandonado e ninguém sabe ao certo de quem é a responsabilidade, se do município ou do estado. Certo mesmo é que já esteve sob a responsabilidade dos dois.
O terminal rodoviário foi ocupado por cerca de 400 manifestantes, a grande maioria com idade inferior a 20 anos, que tiveram a consciência de manter pelo menos as vidraças dos guichês das empresas São Mateus e Gontijo, como também as três ou quatro lâmpadas que iluminam de forma precária toda área.
Eles também não se preocuparam em visitar os sanitários, se isso tivesse feito, o máximo que poderia fazer era tapar o nariz, pois as portas já estão praticamente soltas e os vidros das janelas quebradas por vândalos, antes mesmo de imaginarem que tal ato aconteceria no Brasil.
Mas o terminal rodoviário não é 100% ruim, pois tem servido a pouco mais de um mês, a um casal de andarilho que saiu de Serrolândia e pretende chegar a Ribeira do Pombal, mas sem recursos financeiros estão alojados em um dos cômodos, fato que deixou Vitor Pinto um dos articuladores da manifestação a lamentar.O homem disse que muitas vezes limpa o banheiro, mas nem sempre tem dinheiro para comprar material.
Vitor disse que a escolha da rodoviária foi por entender que é a porta de entrada e saída da cidade e não é possível ficar como está. O abandono do terminal é visível já da parte externa com o matagal tomando conta.
O açude de Itarandi é outro foco interessante para a manifestação e horrível foco de doença. Este pelo menos foi interditado e a prefeitura ficou com o compromisso de apoiar as famílias que vivem da pesca e do cultivo de hortaliças. Já foi publicado também pela Prefeitura, que através da obra do PAC do Governo Federal irá ser construído uma estação de tratamento de 100% do esgotamento sanitário da cidade, pois é o principal responsável pela poluição do açude. Só que está previsto para iniciar em julho de 2014.
Quem poderia deixar por um minuto a segurança da manifestação e protestar, já que não teve nenhum trabalho no ato, foi a policia militar, pois no fim da manhã precisou se deslocar próximo a Serrinha em perseguição ao um motorista de uma van de Simões Filho que havia abastecido em um posto da cidade e saiu em disparada sem pagar, a guarnição alcançou o motorista, o conduziu a delegacia da cidade e quando menos espera, a polícia depara com o motorista (camisa branca) do lado de fora da Delegacia e sem acompanhamento de policial.” Ninguém tem culpa, a culpa é da lei”, bradou um PM.
Por: Raimundo Mascarenhas