A presidente deve optar por um novo modelo de plebiscito, em que a população responda diretamente às perguntas para realização da reforma
A presidente Dilma Rousseff teria desistido de realizar um plebiscito nacional para compor uma assembleia constituinte exclusiva, de acordo com o presidente da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coelho. A informação é do jornal Folha de S. Paulo, que entrou em contato com ele após reunião com a presidente, o vice Michel Temer e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
A medida foi uma das mais polêmicas tomadas por Dilma nesta segunda-feira (24), depois de se reunir com representantes do Movimento Passe Livre (MPL) e prefeitos e governadores de todo o país. “O governo sai convencido de que convocar Constituinte não é adequado, porque atrasa a reforma política”, afirmou Coelho à Folha. A decisão deve ser apresentada publicamente pelo ministro da Justiça.
De acordo com o presidente da OAB, o novo modelo proposto será o de colocar a própria reforma política em plebiscito. Isto é, serão realizadas perguntas específicas sobre reformas no processo eleitoral serão feitas à população, que terá de optar entre “sim” e “não” para cada proposta. O sistema de representatividade atual não será colocado em plebiscito.
O novo modelo é bastante diferente do divulgado por Dilma ontem. Na proposta da presidente, a votação questionaria a população sobre a criação ou não de uma assembleia constituinte exclusiva que delibere sobre uma reforma política de maior amplitude.
Da redação CN* Com informações do Correio 24 horas*