O Revalida, exame obrigatório para graduados em medicina fora do Brasil e que desejam atuar no País, também será aplicado para estudantes matriculados em instituições brasileiras.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), uma amostra de estudantes do último ano do curso vão realizar a avaliação, como um “pré-teste”.
Já os médicos contratados pelo programa Mais Médicos, anunciado pelo governo no dia 8 de julho, estão dispensados do exame em função de uma autorização temporária de três anos para exercer a profissão no País. O objetivo é testar as habilidades e competências dos profissionais que atuam no Brasil.
Segundo informações do Inep, menos de 9% dos profissionais que realizaram o Revalida em 2012 foram aprovadas. Ao todo, 884 pessoas de diferentes países se inscreveram, e 77 conseguiram a aprovação.
Mais Médicos – A novidade foi divulgada quatro dias depois do governo federal anunciar o programa “Mais Médicos”, com uma série de medidas para atender a demanda por profissionais da área no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, a decisão de aumentar de seis para oito anos o tempo de duração dos cursos de Medicina no Brasil e a importação de médicos estrangeiros para atuação em cidades do interior e da periferia, possivelmente sem a exigência de revalidação dos diplomas.
Principais alvos do governo, os médicos formados em Portugal e Espanha têm bom desempenho no Revalida. Na prova de 2012, 37% dos diplomas portugueses obtiveram a revalidação – o país é o primeiro no ranking de aprovações. Em seguida, conseguiram mais aprovações os formados na Venezuela (26%), Argentina (20%) e Espanha (19%).
Em relação à nacionalidade dos candidatos, os venezuelanos, cubanos e argentinos têm as melhores classificações, com 27%, 25% e 20% de aprovação em 2012, respectivamente. Os médicos brasileiros formados no exterior ficaram em 6º lugar, com apenas 42 dos 560 inscritos aprovados no Revalida no último ano – um índice de 7%.
Da redação CN* Com informações do A Tarde*