Familiares de Cícero da Conceição Rodrigues, 38 anos, que morava em Ribeirão Preto (SP), estiveram no Departamento de Polícia Técnica de Feira de Santana (DPT) e reconheceram o corpo encontrado na tarde da última terça-feira (23), às margens Rio Jacuípe, nesta cidade.
O corpo estava em estado de decomposição e a confirmação da identidade da vítima ocorrerá somente após exames.
A irmã de Cícero, Idalva Conceição Rodrigues, que reside no bairro Costa Azul, em Salvador, acredita que o corpo é dele. Ela disse que Cícero saiu de São Paulo e ao chegar à Estação Rodoviária de Feira de Santana, no último sábado (20), comprou uma passagem para Aracajú, mas não embarcou. As imagens do circuito de segurança da rodoviária registram a vítima andando tranquilamente no local.
De acordo com delegada Milena Calmon, na segunda-feira (22), a família registrou uma queixa do desaparecimento depois que conseguiu falar com ele por volta das 23h de sábado e o mesmo informou que estava baleado em um matagal, na região de Feira de Santana.
“Depois disso não foi feito mais nenhum contato. Na rodoviária os funcionários ainda o aguardaram e o procuraram para embarcar, mas não o encontraram. Conseguimos as imagens que mostram Cícero andando sentido a plataforma de embarque e depois disso não há mais imagens porque na plataforma de embarque não há sistema de monitoramento”, disse a delegada.
Idalva Conceição contou ao Acorda Cidade que o irmão disse por telefone a outra irmã para que ela cuidasse de seu filho porque iria morrer. “Ele dizia que estava tendo um problema e só depois de ela muito insistir disse: Minha Irmã vou falar a verdade estou aqui num matagal, já levei um tiro e eles vão me matar, cuida do meu filhinho”.
A polícia trabalha com várias hipóteses. Uma delas é a de que a vítima foi atraída para fora da rodoviária e abordada por bandidos, e outra é de que ela tenha sido confundido com alguém.
Apesar de a vítima ter dito que estava ferida, o corpo encontrado não apresenta sinais de violência. A delegada informou, porém, que o estado de decomposição inibe marcas pelo corpo. “Dependemos do laudo para saber se houve um homicídio. A irmã o reconheceu, mas para o DPT, isso não é suficiente. É preciso ter certeza de que o corpo é de Cícero”, completou. A vítima embarcaria no ônibus Feira/Aracajú para trabalhar.
Com informações do Acorda Cidade*