No dia 8 de agosto deste ano (2013) foi veiculada uma reportagem aqui no Calila Noticias cuja fonte foi do portal Folha de Nordestina com um assunto no minimo assustador, quando trazia já no titulo da matéria Nordestina: vereador entra na Prefeitura com facão na mão e diz a funcionário que só sairia com o “problema resolvido”.
Na referida matéria existia apenas a versão do autor da reportagem, o CN publicou, mas certo de que o espaço estaria aberto para o direito de resposta caso o vereador Pedro Mendes Queiroz (PDT) “Costinha” desejasse utilizá-lo, como sempre fez o CN. Se alguém se sente ofendido não encontra dificuldade para se manifestar.
E o vereador Costinha solicitou o espaço utilizando um discurso feito no plenário da Câmara e prontamente atendemos. Veja na íntegra
Senhoras e Senhores
Venho a esta tribuna prestar esclarecimentos e restaurar a verdade sobre matéria divulgada pela A Folha de Nordestina e repercutida por diversos outros sites e rádios.
Segundo consta daquela notícia, teria este Vereador invadido a Prefeitura com um facão na cintura para tratar de assunto com o chefe do Setor de Tributos e dito que dali só saía com o problema resolvido.
Para quem leu a matéria e não sabe quem é este Vereador e o que tem feito neste primeiro mandato, fica a impressão de que busquei coagir um servidor municipal.
Como dizem os sábios: “em tempo de guerra, a primeira vítima é a verdade.”.
Tenho, pois, o dever de fazer a defesa da verdade, não da minha verdade pessoal, mas da verdade dos fatos.
E de fato, fui a Prefeitura e o que fui fazer ali?
Fui agilizar a medição de um terreno que foi adquirido há pouco tempo por um conhecido empresário de Santa Luz.
Portanto, fui a Prefeitura e não invadi a Prefeitura.
E por que fui com um facão na cintura?
Porque quando fui abordado pelo interessado na medição do terreno, eu me encontrava trabalhando na limpeza de outro terreno, utilizando justamente aquele facão.
Poderia eu ter deixado o facão lá onde estava?
Poderia sim.
Mas acaso é um absurdo alguém andar com um facão na cintura?
Em uma grande metrópole não se vê pessoas com facão na cintura, mas em pequenas Cidades, cuja atividade econômica preponderante é a agricultura, isto é coisa normal.
Agora, mais uma pergunta: a minha atitude de entrar na Prefeitura com aquele facão causou algum constrangimento ao chefe do Setor de tributos?
A melhor resposta quem dá é a suposta vítima, isto é, o próprio Chefe do Setor de Tributos, que a mim mesmo disse não ter se sentido ameaçado e não adotou ele próprio nenhuma providência contra a minha pessoa.
Estes são os fatos.
Agora mostro o que há por trás de tudo isto.
Tenho feito diversas denúncias contra condutas do atual Governo Municipal.
O editor Chefe da A Folha de Nordestina é ocupante de cargo comissionado no Governo Municipal, ao qual faço oposição.
Dito isto, é fácil entender de quem a verdade é vítima.
Senhores Vereadores, a verdade está sendo vítima da intolerância daquele que não aceita qualquer manifestação de independência política.
A verdade está sendo vítima de quem não sabe ou não quer fazer o verdadeiro jornalismo, que é o jornalismo isento das paixões políticas e partidárias e que não se submete aos poderosos.
Em uma democracia é indispensável à imprensa livre.
O jornalista é livre para dar notícias dos fatos, mas não para denegrir a honra alheia.
Sobre os fatos que noticia o jornalista tem o direito de emitir sua opinião, mas não pode ofender a dignidade das pessoas, tal como fez A Folha de Nordestina, usando diversos adjetivos grosseiros contra este Vereador.
Senhores Vereadores, o que fiz não denigre a imagem do Legislativo, pois a conduta das pessoas tem que ser julgada de acordo com os costumes da sociedade em que elas vivem.
E o meu comportamento no caso concreto foi absolutamente normal neste Município onde as pessoas andam com os seus instrumentos de trabalho pelas ruas, sem que isto cause espanto a ninguém.
E a defesa que faço nesta Tribuna não é da minha pessoa.
Faço aqui a defesa do direito do Vereador ser independente.
Faço a defesa das prerrogativas desta Casa Legislativa de fiscalizar os atos do Poder Executivo e de denunciar os seus erros.
Para isto fomos eleitos pelo povo e para isto somos pagos pelo dinheiro do povo.
Portanto, ao contrário de denegrir o Legislativo, estou defendendo sua independência.
Hoje a vítima da perseguição é o Vereador Pedro Mendes Queiroz, mas quem pode garantir que amanhã a vítima da mentira não seja um dos Senhores.
Para que não haja uma segunda vítima do autoritarismo de quem se acha dono de Nordestina, é preciso que esta Casa repudie essa atitude de distorcer a verdade dos fatos para confundir a opinião pública.
Não peço aqui solidariedade a pessoa do Cidadão Pedro Mendes Queiroz, mas sim respeito aos Representantes do povo que devem satisfação apenas ao povo que os elege e os remunera.
Não errei quando fui a Prefeitura.
Não erro quando denuncio irregularidades do atual Governo.
Eu erraria se me calasse diante das coisas erradas que descubro na fiscalização que faço da atual Gestão.
Eu erraria ainda mais se me intimidasse diante desta coação que tentam contra a minha pessoa, usando para isto a imprensa.
Mas não vou cometer o erro de me calar diante das irregularidades e falcatruas que encontre.
Permanecerei um Vereador independente para elogiar o que for certo e denunciar o que for errado e prejudique a sociedade de Nordestina.
Para aqueles que acreditam que a repetição de mentiras vai fazer com que o povo acredite que essas mentiras são verdades, termino este meu discurso citando o grande líder indiano Mahatma Gandhi: O erro não se torna verdade por multiplicar-se na crença de muitos, nem a verdade se torna erro por ninguém a ver.