O Psicanalise Clínico,também,estuda os grupos humanos e suas atuações, expectativas observando seus desejos, anseios, criação, atividades no mundo em que vivem. Estas atenções voltadas aos grupos promovem um rico campo de informações advindo da sociologia (o que acontece na sociedade e que examina a sociedade onde habitamos). Então Psicanálise e Sociologia entram em cena para explicar que “somos mais do que pensamos ser”.
Os humanos que constroem e destroem suas próprias invenções, vivem em constante quebra de padrões psicológicos. É nessa busca desenfreada de construir, em tão pouco tempo, tentam abafar o grito da alegria com o gemido de frustração. Pois, suas invenções – modificam o mundo, temporariamente. E percebem que o bom hoje está ruim amanhã. Nessa luta de construção e desconstrução a psiquê humana está em foco, o ser pensante se sente minado e instabilizado. Nesse contexto, surge a necessidade de rever o gerenciamento dos pensamentos e memórias com auxílio da Psicanálise por que o passado e presente para a máquina psíquica só existe o agora, o presente não satisfeito ou satisfeito. No mundo do pré-consciente, consciente e inconsciente, o que prevalece, é o instinto de
sobrevivência e, nesse clima, as reações agem no campo do inconsciente.
Onde prevalece o inconsciente, prevalece a imaturidade de produzir ou gerenciar as informações. Seja qual for a formação profissional à nível Superior ou Doutorado, a guerra psicológica e inevitável, pretos e brancos, ricos e pobres, letrados ou analfabetos, carecem do conhecimento de como funciona o seu cérebro.
Em meio a essa tempestade psíquica, “lutar para evitar crises sociais e econômicas, entre tantas outras crises”, esse contexto é o grito do inconsciente. E o pior é que aqui o homem se vê, em muitos casos, um ser altruísta capaz de beneficiar o outro e ao mesmo tempo frágil contra as crises promovidas por a mãe-natureza com os tsunami, terremoto, maremoto e enchentes. Ainda que a raça humana desenvolva e, agindo em grupo, faça uso das tecnologias que não permitam um desabamento precoce de um edifício é percebido que poderão ser vulneráveis as suas invenções humanas para se auto-protegerem.
Essa realidade estimula muitos humanos, ainda que vivendo em sociedade, deixarem de ser sociáveis. E, muitos destes casos, se esconderam em suas máscaras psicológicas que negam ou reforçam suas carências e fraquezas. Aqui, também, o Psicanalista Clínico atua como um mediador do homem com seus conflitos internos, principalmente, quando ele conhece a limitação do pensamento humano que tenta instabilizar a si mesmo.
Como está escrito:
“O ser humano precisa “organizar” o mundo para superar o “caos”, necessita construir um mundo para si, um mundo que tenha um sentido humano, e, nesse processo construir a si mesmo.”
Não se sabe, exatamente: – qual a maior necessidade do homem? O inconsciente de cada ser humano com seu código genético se não sabe definir “a forma” e “o conteúdo” este não saberá definir o melhor para si mesmo, nem mesmo, entender a sua maior necessidade. Alguns se atem a “forma”, então a embalagem é mais importante, o vestir é melhor, a estética tem mais valor que o conteúdo. Já tem aqueles que “conteúdo” é mais fundamental, então, o conteúdo é quem promove a forma, ou seja, a criatividade (conteúdo) promove os modelos e variedades (forma). Sendo assim, na busca de construir, o homem está ao mesmo tempo vulnerável a percepção de “forma e conteúdo”. Portanto, são importantes, tanto a forma como o conteúdo, porque ambos se complementam. Através do pensamento (conteúdo) se materializa (forma). O pensar constrói produtos e serviços para saciar o próprio homem que necessita visualizar o que ele é capaz de produzir e adquirir.
Por fim, saber trabalhar a forma juntamente com o conteúdo, assim, o homem consegue materializar seus pensamentos. A necessidade de adquirir um imóvel, conquistar uma formação profissional, possuir um automóvel, adquirir uma ferramenta de trabalho, produzir um livro, etc. Tudo isto são estímulos visuais que refletem o poder da criação (conteúdo), por que – somos mais do que pensamos ser.
Nesse percurso é que a raça humana faz uso da criatividade para obter a satisfação dos seus desejos. No entanto, criar e recriar, como se estivesse em uma jornada infinita, o homem não deverá permitir o sentimento de desgraçados ou fracassados. Devem sim visualizar, – a materialização dos seus pensamentos são visíveis como demonstração do quanto podem fazer para o outro e para si mesmos.
Ângelo Almeida
Escritor, Teólogo e Psicanalista Clínico
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