A idade cronológica é um referencial para o corpo, mas para o inconsciente não, isso por que, segundo Sigmund Freud, não existe o passado, o acervo é rico em manifestar o presente, porque – ao cérebro e seu mecanismo de consciente, pré-consciente e inconsciente – não é perceptível saber o que é passado, tudo manifesta seus desejos reprimidos, não satisfeitos no presente. Portanto, parafraseando o pensamento Freudiano – “existimos em um mundo onde não pensamos”. Se não pensamos onde nós existimos, o inconsciente é o autor dessas manifestações e atitudes que explodiram no comportamento dos (aparentemente perturbadores) adolescentes em sala de aula.
Preocupante o que vem acontecendo, considero alarmante. Pesquisas de Psicanalistas em todo mundo apontam para uma catástrofe silenciosa em mega-esfera, onde – enfermidades psicoemocionais que aconteceria, em pessoas após os 50 anos de idade, depois de muitas labutas, estresses forte dos grandes centros, onde a qualidade de vida é baixíssima. E o que não é de aceitar é que: estas reações viessem a refletir em adolescentes, muitos dos quais nem mesmo convivem nos grandes centros urbanos, mas em cidades pequenas, e, até mesmo, na zona rural. O que chama atenção é para a Sindrome de Bornout,
“é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger.”
Este tipo de enfermidade estava para um público seleto de adultos carregados e estafados, entretanto, vem desembocando e se manifestando naqueles jovens que saem da puberdade e estão chegando à adolescência.
Haja vista que – já anunciado por pesquisadores brasileiros com Augusto Cury o qual ele intitula de SPA – Síndrome do Pensamento Acelerado, vem gerando uma geração forte em conhecimento e domínio de tecnologia, mas frágil na guerra psicológica.
É perceptível na sala de aula essa explosão de enfermidades, muitas delas maquiadas com a desmotivação escolar, porém, já ali está um futuro adulto fragilizado em seu sistema imunológico, onde o que consome é cachorro quente e coca-cola, e pior, drogas sociais como o álcool.
Acreditamos que haverá necessidade de reconstruir o modelo educacional, também, em grande escala. Onde se possa trabalhar, não somente o ser humano no seu intelecto, formação ou percepção motora, mas, também, integral com observação ao bio-psico-emocional, ou seja, é preciso mudar ou reeducar alimentação, além de que a merenda escola venha ser mais nutritiva, é importante se adicionado a matéria de psicologia, ainda, no primeiros anos do Ensino Fundamental e extensão para o Ensino Médio.
Ângelo Almeida
Escritor, Teólogo e Psicanalista Clínico