O empresário do ramo de alimentos e advogado, Jailton de Moreira, foi morto a tiros na noite de domingo (13), por volta das 23h50, durante a festa de aniversário do ex-prefeito Carlos Augusto Silveira Sobral (PMDB), que aconteceu na Fazenda Cáfula, distante 20 km da cidade de Coronel João Sá, município situado na divisa da Bahia com Sergipe. A festa começou no final da tarde quando aconteceu interrupção de energia, ou seja, faltou energia na sede do município, na Fazenda Cáfula e nas comunidades em torno da propriedade de Carlinhos Sobral, como é conhecido o ex-prefeito.
Jailton foi morto com vários disparos no varandado da casa sede da fazenda, como no momento chovia bastante, o mesmo teria se refugiado, foi quando apareceram alguns homens, não sabendo ao certo a quantidade, segundo populares, dois ou três, disparando contra o empresário que faleceu no local. Os estampidos foram ouvidos pelos políticos, dentre eles o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB) e os deputados Lúcio Vieira, federal, e o estadual Mário Negromonte Júnior(PP) que estavam no palanque montado a cem metros do local do crime.
Quando os disparos aconteceram, as pessoas que estavam no palanque imaginaram ser problemas técnicos no sistema de som e no momento que o ex-prefeito Carlinho Sobral usava da palavra, duas jovens, correndo desesperadamente, avisaram do crime e comunicava que haviam “matado Jailton”.
Populares socorreram o empresário, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu enquanto era encaminhado para um hospital da cidade mais próxima.
Formado em direito, Jailton não exercia a profissão e segundo a imprensa local ele já havia sido preso por policiais Militares da CIPE-CAATINGA numa blitz próximo a ponte do Sanharol na saída da cidade de Coronel João Sá, onde for flagrado no veículo L200, marca Mitsubishi, placa Policial EJK-4050, cor vermelha, uma pistola Marca Taurus, CAL. PT. 40, Modelo 101, INÓX, sem numeração aparente, com três carregadores do mesmo calibre, quinze cartuchos intactos, também do mesmo calibre com três pessoas. Na ocasião ele estava acompanhado de Valdeci Monteiro da Silva, natural de Fortaleza e José Edvaldo Gomes, residente Coronel João Sá.
O assassinato de Jailton de Moreira aconteceu 10 minutos após o pronunciamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que vem realizando uma série de atividades de pré-campanha, onde pretende disputar a vaga de governador com o apoio dos partidos da oposição e na pauta a questão da segurança. No momento do crime não havia nenhuma viatura policial, apesar do número de pessoas ser, segundo a organização da festa, superior a seis mil pessoas.
O empresário era filho do comerciante Antônio Cleilson Campelo Moreira, conhecido por “Moreira” proprietário do Supermercado Moreira, que morreu a dois anos assassinado na Praça Antonio Carlos Magalhães, centro em Coronel João Sá. Antonio Moreira havia saído de uma lanchonete quando dois elementos usando blusões pretos e capacetes, numa moto vermelha, efetuaram seis disparos de escopeta, calibre 12. Um mês antes da morte de Antonio Moreira, um funcionário de sua empresa conhecido por “Martins Marchante” foi assassinado na feira livre da cidade.
Não há informações sobre o que motivou mais esse crime na cidade.
Da redação