Em entrevista concedida quarta-feira (16) às apresentadoras Dina Rachid e Bárbara Souza, na Rádio Cultura AM 1140, o deputado Joseildo Ramos (PT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, defendeu a candidatura do secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, ao governo. Joseildo explicou que embora o partido tenha quatro pré-candidatos de qualidade, sua posição é muito clara, em torno do candidato que, segundo ele, reúne as condições objetivas para ser o escolhido. “Sem detrimento dos demais, o meu candidato é Rui Costa”, declarou. Em resposta à observação feita por Dina sobre uma possível falta de experiência do seu escolhido, Joseildo lembrou que Jaques Wagner também não precisou passar por um cargo executivo para se tornar governador, assim como ele próprio não precisou ter experiência prévia como gestor para se tornar prefeito, sendo inclusive reeleito para o segundo mandato.
Questionado a respeito da declaração feita, na semana passada, pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, que afirmou que Rui Costa seria o candidato mais interessante para Jaques Wagner, porque este lhe prestaria “subserviência”, Joseildo foi enfático. “Da maneira que Geddel faz política, não esperaria que ele dissesse outra coisa. A política, pra ele, é esse tipo de engrenagem onde há um verdadeiro chefe. Não é o caso da gente. Estamos às portas do PED, a eleição direta e interna do PT. O PT não tem dono, mas não posso pedir para que ele pense de maneira semelhante”, criticou.
Transportes
Joseildo falou ainda sobre os contratos para grandes investimentos do Governo do Estado na área de transportes, que foram assinados ontem através de uma Parceira Público-Privada (PPP). Serão investidos R$ 7,3 bilhões, incluindo verbas dos governos federal, estadual e municipal e da iniciativa privada para facilitar a mobilidade urbana, através de obras como a construção de viadutos, o metrô, o BRT (Bus Rapid Transit) e VLR (Veículo Leve sobre Trilhos).
Sobre o acordo feito entre o Governo e Prefeitura para a execução dessas obras, o deputado comemorou os posicionamentos amigáveis adotados por ambos ao deixarem de lado as desavenças partidárias em prol da população e da cidade de Salvador. “Se tem uma marca que o nosso governador tem consolidado desde o primeiro mandato, é a relação republicana exercida na Bahia. Mudou o jeito de fazer política nesse Estado. Estou dizendo isso como testemunha desse processo”, disse Joseildo, lembrando que foi prefeito de Alagoinhas por oito anos, e em seis deles, enfrentou a oposição ao governo do Estado, e que por isso recebia um tratamento diferente dos demais. “Solenemente, recebi um ‘não’ para tudo que fui buscar”, concluiu.
Da assessoria / foto: Kamilla Chagas