A foto do policial militar do Rio de Janeiro identificado como “Tiago Tiroteio”, fardado e com um cassetete quebrado nas mãos com a legenda: “foi mal, fessor!” provocou indignação no Facebook e na página do AnonymousBrasil, onde foi replicada inicialmente, desde a madrugada desta sexta-feira, 4. A foto foi publicada pelo próprio policial no perfil da rede social.
Enquanto as mobilizações de professores acontecem no Rio de Janeiro, o print da publicação do PM no AnonymousBrasil somava 2.183 curtidas, 2.009 compartilhamentos e 1.087 comentários até às 15h35 desta sexta. Segundo informações dos seguidores do AnonymousBrasil, o policial excluiu a conta do Facebook nesta manhã.
Entre os comentários dos internautas é possível identificar muita indignação, como: “alguém esperava algo diferente de um PM?!”; “bandido fardado!”; “obviamente ele não tem estudo, então não dá valor ao professor”; “é um palhaço mesmo. Com certeza um babaca”; entre outras insinuações.
Os amigos do militar na rede social também se manifestam: “essa é a PM do Rio de Janeiro”; “vacilão!”; “faltou as aulas de direito constitucional!”
Durante os protestos no Rio de Janeiro, promovidos por professores municipais e membros do grupo Black Bloc, nesta terça-feira, 1º, houve confronto entre a PM’s e manifestantes em frente à Câmara dos Vereadores e pelo menos 11 deles ficaram feridos. Outras 17 pessoas foram detidas. Segundo informações da PM-RJ, nenhum dos presos era professor. Os manifestantes que resistiram à violência retornaram à Câmara Municipal do Rio, onde permanecem acampados.
Em assembleia do Sindicato Estadual de Profissionais de Ensino do Rio (Sepe) na manhã desta sexta-feira, os professores decidiram manter a greve, que completa 60 dias neste sábado, 5. Entre as novas reivindicações do sindicato estão a revogação do plano de cargos e salários, aprovado pela Câmara na última terça-feira, 1º; a abertura de negociação com a prefeitura; o abono dos dias de greve e a não-reposição das aulas em janeiro e saída da secretária de Educação, Claudia Costin.
Na próxima segunda-feira, 7, a categoria realizará um ato em defesa à educação e repúdio à violência nos protestos.
Com informações do A Tarde*