A polícia apresentou nesta quinta-feira (17), o traficante conhecido como “Lare”, suspeito de ser o autor de disparos que matou Franciele Gomes de Souza, 6, sobrinha da vereadora Leo Kret. Durante os disparos, mais cinco pessoas feridas.
De acordo com informações da polícia, “Lore”, que é integrante da quadrilha do traficante conhecido como “Pezão”, líder do tráfico de drogas na região, disse em depoimento, que o alvo era um homem conhecido como “Poio”, de 20 anos, que integra o grupo de “Babalu”. Segundo a polícia, o “alvo” foi atingido pelos disparos.
Em depoimento, “Lare” disse à polícia que esteve em companhia de um homem conhecido como “Leo”, no Bar do Chico, de propriedade do pai da ex-vereadora Leo Kret e deflagrou vários tiros.
Ainda segundo a polícia, existe uma rivalidade entre as quadrilhas lideradas por “Pezão” e “Babalu” e ao saber que integrantes do grupo rival estavam no local, “Lare” e “Leo” foram até lá para executá-lo. Ainda de acordo com informações da polícia, vítimas e testemunhas do crime já foram ouvidas pela delegada e reconheceram a dupla como autora dos disparos.
“Lare”, responde a processo criminal por roubo, praticado na cidade de Vitória da Conquista, em setembro de 2012, e já foi encaminhado ao Sistema Prisional, onde ficará à disposição da Justiça criminal.
Prisão
Segundo informações da polícia, “Lare”, foi preso na terça-feira (15). O crime no domingo (6).
Segundo a polícia, o suspeito compareceu de forma espontânea na delegacia na tarde de terça-feira (15) e, como tinha mandado de prisão temporária em aberto, foi preso. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O crime aconteceu durante realização de um aniversário do bar do avô da vítima na Rua do Arrastão, no bairro de Pernambués.
Amigos e famílias da criança realizaram um protesto interditando uma das pistas da Avenida Paralela, em Salvador, na terça-feira (9).
Dois homens e uma mulher tinham sido presos pela Polícia Militar suspeitos de participação na quadrilha que realizou o atentado, mas a Polícia Civil disse que eles não se envolveram no caso.
Enterro
A família, os amigos e os vizinhos estavam inconformados no enterro da menina, que aconteceu no cemitério Quinta dos Lazáros, na segunda-feira (8). Muito abalada, a mãe dela mal conseguia falar. “Tem que ter justiça, era uma menina inocente”, lamentou Iranildes Gomes.
Franciele faria sete anos em novembro. O pai da menina pediu ‘justiça’ e menos violência. “Essa violência tem que acabar. Ela tinha muitos sonhos pela frente, estudava, gostava de estudar. Era uma menina muito guerreira”, disse Carlos Souza.
Cerca de 200 pessoas protestaram na Avenida Paralela na segunda-feira, revoltados com a morte da criança. A mobilização foi iniciada por volta das 17h e encerrada às 18h.
O crime
Segundo a vereadora Léo Kret, tia da vítima, nenhuma briga ocorreu no local para motivar os disparos. “Está todo mundo triste, a gente já fica triste quando acontece com outras pessoas, com nossa família a gente sente uma dor muito grande.
Ficamos até com desgosto do mundo que a gente vive, sem esperança nenhuma”, desabafou. Léo Kret também falou sobre o crime em uma rede social. “Luto eterno, vai com Deus Franciele, minha linda sobrinha, tinha 6 aninhos. Deus conforte toda nossa família. Franciele vai sempre estar no meu coração .
Até quando essa violência vai continuar, atingindo inocentes. Minha outra sobrinha, de 14 anos, Vânia, tomou um tiro na perna e mais cinco pessoas inocentes foram atingidas. Até quando essa violência vai continuar destruindo famílias, atingindo inocentes. Vamos esperar a justiça de Deus”.
Com informações do G1*