A partir da próxima segunda-feira (4), além dos professores, outras categorias de servidores cidade de Araci irão acampar em frente à prefeitura, sem data de término, até que o prefeito, Antônio Carvalho da Silva Neto (PDT) possa dialogar com a categoria. O município atualmente tem cerca de 2,2 mil servidores e vive um cenário atípico em meio às acusações de nepotismo e favorecimento de empresas financiadoras da sua campanha. O pedetista terá que administrar mais um problema em sua gestão de apenas 10 meses.
Desde quarta-feira (30), mais de 220 professores paralisaram as atividades e cobram do pedetista o acréscimo de 20 horas na jornada de trabalho da categoria. De acordo com o presidente da Associação dos Funcionários Públicos de Araci (APA), Denison Dias, a gestão passada cedeu mais 20 horas aos professores, totalizando 40 horas semanais, mas no dia 21 de janeiro deste ano o prefeito anulou o ato de enquadramento e a posse de novos concursados.
“Nós entramos com um mandato de segurança, apreciado pela Justiça, que devolveu o direito e o retorno das 40 horas. Silva Neto assinou um termo de ajustamento de conduta prometendo que iria regulamentar a situação de todos os servidores do município, mas ele criou uma comissão, formada pela maioria de cargos da própria prefeitura e reabriu um inquérito administrativo para retornar às 20 horas”.
Até então, as aulas estavam ocorrendo normalmente, mas a categoria está na eminência de uma decisão de anulação do processo. Ainda de acordo com o representante da associação, o prefeito alega que não há capacidade de pagamento devido ao arrocho no orçamento. “Mas se ele cortasse metade dos cargos comissionados que a prefeitura tem poderia gerir o município com maior liquidez”.