A despedida dos familiares, alunos, clientes e amigos do professor Paulo da Silva Morais, professor Paulinho ou Paulinho do Detran como era conhecido poderia ter um tempo maior, não fosse a burocracia e a demora da retirada do corpo, da chegada da equipe do rabecão e o trabalho do instituto médico legal. Ele morreu de forma trágica por volta das 10h de domingo,16,por afogamento numa praia de Barra do Jacuípe, litoral da Bahia, Município de Camaçari, e só por volta das 16h30 desta segunda-feira,17, o corpo chegou a residência da família na região do Povoado de Vargem, zona rural de Retirolândia.
Milhares de pessoas de Retirolândia e outras cidades da região aguardavam a chegada do caixão e a grande área externa da residência ficou pequena para a grande quantidade de pessoas, a emoção tomou conta quando o carro da funerária chegou e nos primeiros minutos a grande multidão queria se aproximar do caixão para dar o adeus a Paulinho, até que foi formada uma imensa fila, por volta das 18h30 o caixão foi colocado em frente da casa e na oportunidade o padre Antônio Elias deu as bênçãos e fez a preces antes de sair para o cemitério da sede de Retirolândia.
As pessoas estavam inconformadas da forma trágica que causou a morte de Paulinho, ele que vivia um dos momentos mais felizes da sua vida, já que tinha ido a Salvador organizar uma casa para seu filho de 17 anos morar, cujo jovem estaria iniciando os estudos numa faculdade de Direito.”Ele foi no sábado, organizou tudo por lá, e como ainda era cedo no domingo, ele [Paulo} o filho, o sobrinho e outro pessoa decidiu ir a praia para comemorar e se despedir do filho já que ficaria para estudar, ao entrarem na água uma onda forte puxou os quatro, quase afogou todos, havia um salva vidas e um surfista por perto que conseguiram segurar os rapazes, mas não alcançaram Paulinho que desapareceu na água, quando foi encontrado já estava sem sinais vitais, contou o amigo
conhecido por Titi.
Paulo Morais (foto) tinha motivos fortes de atrair a grande quantidade de pessoas para seu sepultamento, primeiro pela pessoa simples, depois pela função que exercia de professor e comerciante e também por ter dirigido de 1994 a 2006 a 10ª RETRAN de Retirolândia órgão vinculado a 26ª CIRETRAN de Conceição do Coité, ganhando inclusive o apelido de Paulinho do DETRAN.
Deusdete Martins dos Santos, amigo de longas datas de Paulinho disse ao CN que se Paulo tivesse um inimigo ele não sabia e certamente a inimizade não partiu dele.Pode procurar em toda Retirolândia saber que era Paulinho, a conversa vai ser uma só, pessoa amiga, simples e que só procurava ajudar as pessoas.É difícil acreditar que ele está nos deixando”, disse emocionado o amigo.
Para Marinaldo Mota vai fazer uma falta muito grande, pois segundo ele era um cidadão respeitoso e muito dedicado.”Você que saber que é Paulinho, pergunta na escola onde ele ensinava. Pra mim, ontem quando soube da morte dele já doeu muito, imagine hoje está aqui vendo tão perto ele ali dentro do caixão”, lamentou o amigo.
A boa relação também no meio político na cidade, lá estavam todos os lideres que numa mesma linguagem de lamentação falaram com tristeza da morte de Paulo.
O prefeito André Martins disse que Paulinho estava muito feliz com o filho na faculdade, “ele estava muito feliz, não dá pra explicar como as coisas acontecem assim, Paulo era muito legal e é uma perda muito grande para o nosso município”, disse o prefeito.
A morte de Paulo Morais abalou a cidade e de forma espontânea grande parte do comercio abaixou as portas na tarde desta segunda-feira. Paulo dirigia uma loja de material de Construção e depois de se destacar como professor, coordenador da RETRAN local já estava em pleno crescimento na área comercial.
O sepultamento aconteceu por volta das 19h30 no cemitério Municipal da sede de Retirolândia. Antes, o cortejo fúnebre passou em frente a loja de material de construção que pertencia a Paulo e também na 10ª Retran onde prestou serviço por muitos anos.
Por: Raimundo Mascarenhas