Primeira mulher a presidir a União dos Municípios da Bahia (UPB), em 50 anos de fundação da entidade, a prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria Mendes, sai em defesa do aumento da participação feminina na política. Aqui no estado, dos 417 prefeitos em exercício apenas 62 são mulheres (14,87%).
“Os dados apontam crescimento, desde 1958 quando o município de Belmonte elegeu a primeira prefeita no estado da Bahia. Mas, ainda estamos aquém da representatividade necessária, já que 52% do eleitorado é feminino”, explica Quitéria. Na expectativa do fortalecimento da participação delas em espaços de poder e decisão, a presidente da UPB alerta que a lei obriga a destinação 5% do Fundo Partidário à criação e manutenção de programas de promoção e à difusão da participação política das mulheres.
“Além disso, os partidos são obrigados a ‘reservar’ a cota de 30% das candidaturas para mulheres. Na última eleição algumas legendas não respeitaram essa determinação. Agora com a mini reforma política a denominação mudou para ‘preencher’, o que representa um avanço”, opinou. Em termos gerais, Quitéria lembra que é preciso incentivar o debate e já programa um encontro com as 62 prefeitas na sede da UPB, no próximo dia 19 de março.
Dados no Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou a eleição 621 mulheres para o poder executivo no pleito de 2012. Elas comandam 11,1% das prefeituras no Brasil. Na divisão por estados, o maior número de prefeitas está em Minas Gerais, são 71, que governam 8% das 853 cidades mineiras. Entretanto, proporcionalmente, elas são mais fortes na Paraíba, onde 2 em cada 10 prefeitos eleitos são do sexo feminino: há 45 mulheres entre os 223 municípios do estado. No outro extremo está o Rio Grande do Sul, onde estão apenas em 7% das 497 prefeituras.
Informações UPB